O Vício de Amor romance Capítulo 164

Ele olhou com calma para essa Natália:

- O que você quer?

O coração de “Natália” parou por um segundo. A expressão dele era tão calma, mas era inexplicavelmente assustadora:

- Ele... ele não teve a intenção. Esqueça.

- Obrigado! Obrigado por ser tão generosa comigo. - O garçom não parava de agradecer e empurrou o carrinho de comida para fora. Ao fechar a porta, ele olhou para “Natália”, mas não achava nenhuma graça nela.

Era óbvio que essa mulher desgraçada vivia se alimentando da fama dos outros. Se não fosse por Jorge Marchetti, quem saberia quem ela foi?

“Natália” andou até Jorge e tentou pegar o braço dele:

- Jorge...

- Você não está com fome? Vamos comer. - Jorge fugiu do toque dela.

As mãos de “Natália” congelaram em pleno ar. Era óbvio que Jorge estava rejeitando contato físico com ela. Mas agora há pouco ele havia dito que queria ter filhos com ela.

- Jorge, você está zangado? - “Natália” tentou perguntar de forma cautelosa.

Jorge puxou a cadeira para trás e disse num tom indiferente, sem olhar para ela:

- Não estou. Vamos comer.

Vendo que ele não estava zangado, “Natália” ficou aliviada e calma. Ela se comportou bem e se sentou quieta para comer.

Jorge colocou mais comida no prato dela:

- Coma mais.

O rosto dela ficou vermelho. E ela ficou um pouco tímida. Afinal, na verdade Jorge ainda era muito bom para Natália.

Ela transbordava de alegria.

Para que tudo corresse bem, ela não conseguiu comer ou dormir direitinho nos últimos dias. Mas agora que ela conseguiu ficar ao lado de Jorge, ela estava mais relaxada. O seu apetite também melhorou e ela comeu muito.

Jorge entregou um copo de água para ela:

- Coma devagar.

“Natália” se sentia extremamente feliz por poder viver com Jorge e se sentar para comer com ele como agora. Ela aceitou a água e tomou alguns goles. Sem saber se foi porque Jorge deu a ela a água, ela tomou mais alguns goles por estar feliz. Ao colocar o copo na mesa, ela pediu carinho a Jorge num tom suave e meigo:

- Você pode ficar aqui comigo hoje?

Jorge respondeu que sim em uma voz baixinha.

“Natália” ficou tão feliz que se esqueceu como se comportar. Até se esqueceu de que havia torcido os pés. Ela se levantou da cadeira de repente. O movimento era tão grande que a barriga dela colidiu contra a mesa e estava doendo muito. Com a testa franzida, ela disse:

- Dói muito.

Os olhos dela estavam arregalados e fixados em Jorge, desejando que ele a confortasse.

Naquele momento, o celular de Jorge tocou. Ele pegou o celular e deu uma olhada na tela. Era o telefone fixo da mansão. Ao invés de atender a chamada de imediato, ele mandou “Natália” voltar para o quarto para descansar.

A outra Natália estava relutante e olhava o celular dele:

- Quem é?

- São os negócios da empresa. Então, você vai atrapalhar? - A voz dele transmitiu frieza.

Ele não estava zangado, mas deixava qualquer um com medo.

“Natália” não quis irritar ele e apertou os lábios:

- Não. Eu vou voltar para o meu quarto.

Esta Natália voltou para o quarto arrastando os pés. O sorriso no seu rosto desapareceu completamente no momento em que a porta se fechou .

Por que o temperamento de Jorge é tão instável?

Às vezes, ele é bom para ela. Outras vezes é impaciente com ela. Então, ele gosta ou não da Natália?

“Natália” estava aflita e confusa, sem saber qual era o temperamento desse homem.

Na sala de estar, Jorge só atendeu a chamada em frente a janela depois de ter visto a porta do quarto fechar.

Logo após a chamada ser atendida, ouviu-se a voz de Matheus:

- Onde está a minha mamãe?

A primeira frase dita foi para questionar.

Fernanda disse que mãe e Jorge estavam viajando a trabalho, mas ele não acreditava. A mãe nunca iria viajar com Jorge sem ter avisado ele e sua irmã.

Além disso, disseram que ela estava viajando, mas ela não levou nenhuma roupa ou qualquer coisa de uso diário.

Era óbvio que isso não fazia sentido.

Os cinco dedos de Jorge se fecharam de repente em um punho. Os vasos sanguíneos das costas da sua mão ficaram salientados. Emoções extremas tomaram conta dele. Ele não sabia como estava Natália, onde ela estava, se ela estava segura ou se estava ferida.

Ele não sabia de nada. Ele se culpava e se preocupava com o que tinha acontecido, mesmo que estivesse fora do seu controle.

A voz dele tremia um pouco:

- Ela está comigo na viagem a trabalho...

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