O Vício de Amor romance Capítulo 177

Dona Sandra Sandra foi capturada pelo pessoal do Vanderlei, logo que voltou do hospital, e levada para aquele condomínio.

- Esta é a sua casa?

Perguntou Marcelo, de propósito, com o intuito de verificar a sua honestidade.

Dona Sandra Sandra observou todos que estavam no apartamento e respondeu:

- Sim.

Ela era uma pessoa perspicaz, sabia que Anderson não era uma pessoa comum, nem se fala desse pessoal, então.

- Quem já morou aqui?

Marcelo perguntou de novo.

- Não o conheço. Ele me pagou uma quantia para morar temporariamente aqui junto com uma mulher.

Dona Sandra Sandra entregou toda a verdade.

Sentado no sofá, Jorge ouvia as palavras da Dona Sandra, de olhos fechados, com uma expressão fechada.

Marcelo olhou para Jorge e perguntou:

- E onde estão eles agora?

- Foram embora. Aquela senhorita estava machucada, foram fazer exame no hospital e, como não tinha grandes problemas, levaram ela embora.

A pálpebra de Marcelo tremeu.

Natália estava mesmo ferida?

Ele olhou para Jorge com cuidado. Vanderlei também permaneceu em silêncio, ao lado.

A pressão atmosférica estava ficando cada vez mais densa, uma frieza inexplicável no local deixava todos quietos.

Jorge se levantou, foi até Dona Sandra e olhando-a de cima, perguntou:

- Como ela se machucou?

Sentindo claramente a raiva do homem, Dona Sandra, de cabeça abaixada e tremendo o corpo inteiro, não teve coragem de contar.

- Fale!

A raiva que estava reprimida estourou de repente, assustando todos do local. Dona Sandra até caiu de joelhos, seu rosto se contorcendo todo por causa da dor, respondeu gaguejando:

- Eu... Eu não sei, eu estava no andar de baixo e o Sr. Anderson não me permite subir normalmente.

Parece que ela entendeu que Jorge estava aqui à procura daquela mulher.

- Vocês vieram à procura da Sra. Natália? Ela sempre ficou no segundo andar e, no dia em que ela se machucou, parecia que o Sr. Anderson queria... queria...

- Queria o quê?

Marcelo e Vanderlei ficaram muito ansiosos com o relato de Dona Sandra.

- Eu não sei. Só vi a Sra. Natália com sangue na cabeça e suas roupas bagunçadas. Sr. Anderson estava nu. Ouvi uma discussão entre eles, acho que a Sra. Natália não queria, por isso... por isso se machucou.

Apesar de ter falado de uma forma sutil, a mensagem foi simples e clara, permitindo a todos que ouviram o relato entenderem o que havia ocorrido.

Todos que estavam no local olhavam com cautela para o Jorge, quase que prendendo a respiração.

O rosto de Jorge estava tão fechado que dava para ver o músculo do rosto tremer. Um cenário aterrorizante.

Seu olhar transmitia uma raiva incontrolável e falando com uma voz grave e baixa, como se fosse matar a Dona Sandra caso ousasse mentir em um mínimo detalhe:

- Fale! Onde ela está agora?

- Eu não sei, de verdade! Ele a levou direto do hospital! Mas eu o vi verificando a rota no seu celular, o destino parece ser a Serra. Eu contei toda a verdade, não me atrevo a mentir. Sabia que o Sr. Anderson estava mentindo, ele disse que a Sra. Natália era sua namorada, mas percebi que ela não o amava.

Dona Sandra Sandra continuava implorando:

- Eu somente aluguei a casa, não fiz nada mais, contei também o que sabia, por favor, poderiam me liberar?

- Se for realmente do jeito que ela falou, eles foram para a Serra, o nosso pessoal que estava nos postos de controle de entrada e saída iriam perceber. Se o Anderson não queria ser encontrado, com certeza, não iriam optar por estradas grandes ou por avião. Hoje em dia, até para comprar passagem de trem é preciso fornecer dados pessoais, então, a única explicação é que eles optaram por estradas alternativas - analisou Vanderlei.

- Concordo com a análise do Vanderlei. Se a gente for atrás deles agora, talvez possamos alcançá-los ainda.

Jorge cerrou os punhos e as veias do braço saltaram. Se não fosse a pouca sagacidade que ainda lhe restava, ele já tinha perdido a calma e não conseguiria coordenar com precisão os próximos passos.

- Marcelo, você fica aqui com o Lucas. Vanderlei vem comigo.

Marcelo sabia a sua intenção. Por um lado, tinha que tratar do caso de Aline e da falsa Natália, por outro lado, a procura por Natália não podia ter atraso. Dividindo em 2 grupos seria mais eficiente.

Além do mais, Vanderlei era mais quieto que Marcelo, neste momento, Jorge não gostaria de ouvir muito barulho.

Ao deixar o condomínio, a mulher que os guiou tentou falar algo algumas vezes, mas se calou.

Marcelo olhou para ela e lhe deu um cheque assinado. Apesar de não ter encontrado Natália, ela ainda os ajudara a chegar até aqui, e dava para perceber que a condição financeira da família não era boa.

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