O Vício de Amor romance Capítulo 199

Marcelo e Renata estavam sentados à janela com alguns copos vazios na mesa, parecendo que estavam sentados durante muito tempo.

Cansado da viagem, Marcelo correu até eles sem se importar com sua imagem quando os viu entrar:

- Finalmente vocês estão de volta, estamos à espera de vocês há muito tempo.

Vanderlei o afastou com um olhar aborrecido:

- Perderam-se? Por que demorou tanto?

Considerando que tinham saído muito cedo, deveriam ter chegado muito antes.

Ele olhou para Renata enquanto falava, que se dirigia a Natália. Por que ele a trouxe aqui?

O que esse cara fez com ela?

Marcelo se sentia perturbado, sem reparar no olhar complicado de Vanderlei. Quando estava prestes a sair, foi parado por sua avó, que lhe perguntou quando ele se casaria, caso contrário, não o permitiria sair.

Ele mentiu e disse que se casaria no final do ano, e assim ele saiu.

Por isso, se atrasou.

O principal problema era que ele nem mesmo tinha uma namorada de verdade.

- Não mencione isso. Foi tudo por causa da minha avó. - Logo, quando viu o rosto angustiado de Marcelo, Vanderlei entendeu o motivo.

Embora a família Fernandes não fosse muito rica, era, pelo menos, uma família de estudiosos. Porém, os pais de Marcelo morreram cedo, só lhe restando sua avó, que naturalmente se preocupava com o casamento de Marcelo, um homem de quase trinta anos.

- Apressou você de novo? - Vanderlei tocou o ombro dele com seu próprio ombro.

- Isso.

- O que acha dela? - Vanderlei levantou o queixo, ao lado deles, Renata estava abraçando Natália:

- Agora posso ver você. Durante o tempo em que estava desaparecida, eu tive muito medo de que estivesse em perigo. Veja nossa viagem de volta. Que perigosa e emocionante!

- Não se preocupe, eu estou bem, não estou? - Natália deu um tampinha no ombro dela.

Marcelo olhou para Renata e franziu os lábios:

- Essa moça é legal, mas difícil de conquistar.

- Da sua forma, como você não conseguiria conquistar uma mulher? - Vanderlei falou em tom de brincadeira.

Marcelo deu uma olhada para ele:

- Eu sou um homem frívolo?

Vanderlei deu uma risada. Agora você é um cara decente. Antes, quem mudava de mulher todos os dias como se mudasse de roupas?

Mas Vanderlei sabia que ele não as levava a sério.

- Marcelo - Vanderlei pegou seu pescoço e sussurrou:

- Descobri que Jorge e...

- Pai, o que eles estão falando? - No ombro de Jorge, Mariana observou as duas pessoas que estavam sussurrando próximas.

- Deixe eles em paz. - Jorge subiu a escada com a Mariana nos braços.

Natália ajudou Renata a carregar a mala:

- Deve estar muito cansada após a longa viagem. Vá descansar.

- Ok. - Renata não deixou Natália carregar a mala:

- Natália, posso levar a mala sozinha. - Ela tocou na cabeça de Matheus:

- Teteu.

- Renata, por que você veio com ele? - Matheus olhou para Marcelo e depois para Renata por um momento.

Natália também queria saber por que eles tinham chegado juntos.

- Ele foi até a loja para me dizer que tinha encontrado você. Eu estava com pressa para ver você, então vim com ele. A loja não tem encomendas sem sua presença. - Renata se sentiu um pouco desanimada, pensando que ainda não era suficientemente competente. Embora os dois clientes que ela atendeu estivessem satisfeitos com seu conceito, disseram que não existia nada tão impressionante, e não fizeram nenhuma encomenda.

Por enquanto, Annie estava na loja, então ela veio.

Natália deu um tampinha no ombro dela:

- Não se preocupe. Tudo vai ficar bem.

Tinha certeza de que não se preocuparia com encomendas desde que viesse ao mestre que sabia confecionar cetim Charmeuse.

Renata dissea Natália o que tinha acontecido na loja nesses dias. As duas subiam as escadas enquanto conversavam.

Vanderlei reservou um jantar suntuoso para acolher Marcelo e Renata.

Mariana sentiu sono e pediu que seu pai a pegasse nos braços:

- Papai, eu quero dormir em seus braços.

A menina era boa em se comportar como uma criança mimada, enrolando suas mãos ao redor do pescoço de Jorge, falando com uma voz doce:

- Pai.

Jorge beijou o rosto de sua filha, não conseguindo recusá-la. Seu coração ficou derretido por ela.

Jorge sussurrou no ouvido de Natália:

- Levo ela para cima.

Natália acenou com a cabeça.

Depois de Jorge sair, Natália ajudou seu filho a pegarcomida. Matheus deixou o garfo depois de comer um pouco e desceu da cadeira:

- Estou cheio.

Ele ia voltar sozinho ao quarto como se fosse um adulto. Natália se sentiu preocupada com ele:

- Vou com você.

- Não é preciso. Alguém me já me faz companhia - apontou para os dois guarda-costas que estavam atrás dele.

Não tendo encontrado o paradeiro de Anderson, Jorge temia que ele conspirasse algo contra seus filhos e Natália, e mandou os guarda-costas os acompanharem o tempo todo.

- Natália, assim não dá! Percorremos um caminho tão longo só para encontrar você e agora vai nos abandonar? - Marcelo olhou para Natália como se fosse tratado de forma injusta:

- Pelo menos me esforcei muito para lhe trazer Sra. Renata. Eu proponho um brinde a você?

Originalmente, ele queria dizer que ela deveria lhe brindar, mas como ela era a mulher de Jorge, ele não se atreveu.

Assim, mudou de palavras, propondo um brinde a ela.

Natália olhou para Marcelo e depois para Vanderlei e Renata, pegou a taça entregue por Marcelo e disse com um sorriso:

- Eu proponho um brinde a todos vocês, agradeço por terem cuidado das pessoas ao meu redor em meu lugar durante minha ausência.

Ela bebeu tudo de uma só vez. A aguardente branca era tão forte que sentiu queimou a garganta no momento em que a engoliu. Ela franziu o rosto, largou a taça, e tomou um gole de água para aliviar o desconforto.

Marcelo piscou os olhos:

- Excelente. Eu também bebo tudo.

Pensando nos dois filhos, Natália, que acabou de beber, disse:

- Vou subir.

Marcelo a parou:

- Natália, Jorge é um cara desumano. Não para de nos explorar, nem nos trata como seres humanos. Me sinto angustiado, mas não ouso dizer nada.

Marcelo reclamou de Jorge “no pranto”.

Natália não disse nada.

Isso tinha alguma coisaa ver com ela?

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