O Vício de Amor romance Capítulo 210

Não houve mudança no rosto de Angelo, mas seu olhar sombreou.

O casamento entre ele e Terezinha foi uma união de família. Eles nunca tiveram nenhum sentimento, se respeitaram desde o casamento um ano atrás, e nunca passaram a fronteira.

Mesmo na noite de núpcia, eles se separaram para dormirem. Ela disse que estava com medo.

Angelo sabia que ela tinha alguém em seu coração e não queria fazer sexo com ele.

Ele também não a amava, mas admitiu que Terezinha era uma boa mulher, gentil e bondosa. Ele tinha uma boa impressão dela, mas escondia esse sentimento no coração.

Ele sabia muito bem que essa mulher amava alguém. Ela parecia gentil, mas tinha uma personalidade forte, não se entregou de jeito nenhum.

Ele nunca a forçou.

Aos olhos dos outros, o marido era talentoso e a mulher bonita, eles eram um casal perfeito. Tantas pessoas tinham inveja deles.

Mas alguém sabia que esse amor era apenas uma ilusão?

Ele sabia um pouco sobre o que sua esposa estava fazendo. O convite era repentino, então podia não ser ela esperando por ele no quarto...

Mas ele voltou mesmo assim.

Sabendo que a mulher na sala não era a esposa com quem ele se casou, ele ainda abriu a porta.

Quando Sônia ouviu o barulho, ela se encolheu na colcha, tremendo.

De pé na porta, Angelo olhou para a figura trêmula na cama, seus olhos se estreitaram ligeiramente.

Ele não sabia se devia ficar feliz ou triste.

Nessa época de monogamia, as mulheres são sensíveis, suspeitas e exigentes a lealdade.

Mas sua esposa, que era diferente, ofereceu-lhe uma mulher.

Ele entrou e fechou a porta.

Sônia, que estava escondida na colcha, estremeceu ainda mais quando a porta se fechou.

Ela agarrou a colcha enrolada, com medo de que ele viesse.

Angelo ficou ao lado da cama, olhando para a figura delicada na colcha, sabendo que não era Terezinha, mas mesmo assim ele chamou:

- Terezinha.

Sônia não pôde deixar de chorar, gritando em seu coração. Ela não era Terezinha, não era sua esposa, ela era Sônia Mancini!

Mas ela não pôde gritar fora.

Ela concordou com Terezinha, mas nesse momento se arrependia, sabendo como sua decisão foi impulsiva. Embora tenha salvado seu irmão e a família Mancini, ela própria estava arruinada.

Angelo, que estava de pé ao lado da cama, percebeu o quanto a mulher abaixa da colcha estava assustada, mas não estava prestes a ir embora. Independentemente da mulher na cama ser bonita ou feia, inteligente ou estúpida, ele ia dormir com ela.

Ele desabotoou o terno, um por um, lentamente. Sua voz era baixa:

- Já que você concordou, por que você está tão injustiçada?

Sônia estava pasma. O que isso significava?

Ele sabia que ela não era sua esposa?

- Você aceitou seus benefícios e concordou com pedido dela. Não se sinta injustiçada. Você está ciente.

De repente, Sônia levantou a colcha:

- Não!

Antes que ela pudesse terminar, foi empurrada e caiu na cama de novo. Suas roupas foram arrancadas com feroz.

Sônia lutou:

- Não sou sua esposa, não sou...

O homem não queria ouvir disso. Ele segurou a cabeça dela, nem olhou para ela, menos disposto a ouvir sua voz. Então puxou a colcha e cobrir seu rosto:

- Assim, nem você nem eu sentimos vergonha.

Naquela noite, Sônia chorou até a voz ficou rouca.

Quando ela e Fabrício estavam juntos, ela nunca teve sexo com ele. Fabrício quis dormir com ela, mas todas as vezes ela apenas dava um beijo para ele, dizendo que não estava preparada.

Porém, hoje, ela se entregou a um homem que ela só tinha visto na foto, sem sabia a verdadeira aparência.

O céu amanheceu. O homem vestiu suas roupas ao lado de cama, com as costas voltadas para a mulher.

- Seu trabalho está feito. Meu também.

Terezinha fez isso porque ela se sentiu culpada. Fez todo o possível para encontrar uma mulher para ele.

Já que ela queria buscar a paz de espírito, ele a satisfez.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Vício de Amor