O Vício de Amor romance Capítulo 215

Presidente Marchetti?

Quando Sônia viu a pessoa lá na entrada, ficou com todo o corpo rígido em um instante e não soube o que fazer.

Barbosa não notou a reação anormal de Sônia. Ele deixou o assento e foi para Angelo:

- Presidente Marchetti, você veio jantar também? Que tal comer juntos?

Com cooperações feitas antes, os dois se conheceram.

Ele sacudiu a mão rumo às pessoas que vieram com Angelo:

- Venham cá. Já escolhi a mesa. Perto da janela, podemos assistir à paisagem e desfrutar a gastronomia. É ótimo.

Aquelas pessoas não ousaram tomar decisão e percorreram o olhar a Angelo, pedindo a opinião dele.

Angelo encolheu o olhar e disse:

- Vamos.

Barbosa avançou apressadamente para guiar o caminho. Chegando à mesa, ele puxou a cadeira para Angelo.

Eles se sentaram. Barbosa chamou o garçom para pedir mais pratos.

Sônia ficou muito nervosa, com as mãos dadas apertadamente embaixo da mesa.

Ela nunca esperou esse encontro com Angelo, nem se atreveu a levantar a cabeça.

Alguém brincou com Barbosa:

- Com o acompanhamento da beleza, não receia que nós atrapalhemos o vosso momento agradável?

- Isso mesmo. Onde é que encontrou a beleza, Presidente Barbosa? Por que não a conhecemos?

Sônia levantou a cabeça, por acaso, Angelo também estava a olhando nesse momento. Os olhares dos dois se encontraram no ar.

Sônia queria explicar, mas percebeu que não era adequado. Tinha tanta gente aqui.

Angelo disse que ninguém devia saber a relação deles.

Ela não se atreveu a dizer nada, nem falar com Angelo, temendo atrair atenção dos outros.

Ela olhou para Barbosa:

- Realmente tenho compromisso e queria sair primeiro.

Barbosa a mandou sentar-se:

- Não fique nervosa. Ignore os disparates deles. Fique tranquila para comer aqui. Não pode sair com fome.

Depois de confortar Sônia, Barbosa olhou para o homem que brincou com ele e zombou:

- Eu já tenho esposa. Acaso sou aquele tipo de pessoa que cometa adultério fora de casamento? Ela é…

Ele apontou Sônia:

- É minha benfeitora.

- Vocês sabem que os de cabeça dura na empresa são muito difíceis para conversar. Eu queria fazer reforma desde cedo, mas eles impedem na minha frente com atitude imensamente teimosa e me deixaram sem jeito. Esta vez, esta… Como se chama?

Barbosa descobriu que nem sabia o nome dela quando estava prestes a apresentar.

Ele só percebeu nesse momento a façanha que ele fez na reunião, que deu a cadeira de vice-gerente a uma escriturária que entrou na empresa há dois meses apenas.

Quando Barbosa fez essa pergunta, a expressão de Angelo também mudou ligeiramente.

Porque ele também não teve ideia do nome desta mulher que convivia com ele por dois meses.

- Sônia Mancini. - Ela abaixou baixou a cabeça.

Angelo ergueu as sobrancelhas. Afinal ela se chama Sônia, que significa “sábia”.

- Sônia? Nome bonito - Barbosa elogiou -, foi ela que fez um longo discurso e deixou aquelas cabeças-duras incapazes de reputar uma palavra.

Barbosa se levantou do assento e a apresentou solenemente:

- Sônia, nova vice-gerente da minha empresa, provavelmente vai se tornar o meu apoio sólido, que tem horizonte amplo e capacidade excelente. Ela não é somente uma mulher bonita. A capacidade dela é mais linda do que o rosto.

Barbosa realmente admirou a capacidade de Sônia.

Na reunião, ela deixou todas aquelas pessoas caladas.

- Sério?

Todos percorreram o olhar a Sônia.

Todo mundo sabia que A MDM foi uma empresa dominante na área. Todavia, surgiram mais fabricantes de máquina agora, que a impactaram bastante. Barbosa pretendia sempre fazer alguma reforma, mas a liderança da empresa não concordou, pois uma reforma exigia dinheiro e tempo. Eles não estavam dispostos a lutar e só queriam levar uma vida fácil, sempre que tivesse lucro, apesar de não se comparar com o passado.

Barbosa pretendia fazer reforma há muito tempo. Por causa da pressão deles e falta de ajudantes capazes, ele não conseguiu fazer ainda.

Todos ficaram surpreendidos: como é que uma mulher conseguiu convencer aquelas cabeças-duras?

- Não, fiquei lisonjeada. - Sônia sentiu de fato muito desconforto enfrentando os olhares deles, nem conseguiu comer numa atmosfera dessa. Mesmo que comesse, provavelmente não digeriria bem.

- Presidente Barbosa, realmente tenho compromisso. - Esta vez, Sônia estava firme. Ela se levantou enquanto falando, prestes a sair.

Barbosa enxergou a firmeza dela, temendo gerar descontentamento se a forçasse a permanecer. Ele ainda queria manter essa profissional ao lado para ajudar a fazer reforma da empresa. Por isso, ele se cedeu:

- Então, eu faço uma saudação a você e mando levar você de volta, OK?

Sônia acenou a cabeça após uma breve ponderação. Não foi inteligente ofender esta pessoa. De qualquer forma, ainda iria trabalhar na empresa. Ia sair depois de um brinde.

Sônia segurou a taça e fez brinde com Barbosa.

- Você é uma ajudante proeminente que o Sr. mandou. O caminho de reforma será definitivamente repleto de dureza. Se tiver qualquer necessidade ou dificuldade, não hesita de falar comigo. - Barbosa se viu generoso. Capaz de administrar uma empresa tão grande, ele não foi uma figura simples.

- Obrigada por me dar essa oportunidade, Presidente Barbosa. Não cheguei a ser proeminente. Se quiser que a empresa entre numa nova era, precisamos de unir esforço de todos. Até as formigas sabem que a união faz força, já não para falar dos seres humanos. Vamos lutar juntamente no futuro.

Ela pegou a tolha para cobrir o corpo e chamou a empregada.

Como estava no piso superior e no banheiro bem à prova de som, a empregada lá embaixo nem ouviu o socorro dela.

No restaurante, o grupo de comerciantes reunidos tiveram palavras infindáveis, enquanto Angelo saiu com um pretexto.

Retornando à mansão, ele decidiu subir após ponderar um pouco. Ele tocou a porta, mas não a empurrou.

Ele disse a ela fora do quarto:

- Barbosa enxergou o problema da empresa desde cedo e tem desejado a reforma. Porém, com a discordância de muitos velhos funcionários, ele não conseguiu começar. Se quiser tomar ação, tem que ter alguém lutando ao lado dele para acalmar essas vozes opostas. Hoje ele empurrou você para a frente. Sem dúvida, você viraria o alvo da fúria, o que é muito desfavorável para você. Se você precisar de trabalho, eu posso arranjar um emprego para você. Se achar poder lidar com isso, eu não vou forçar você.

Ele só queria lembrá-la para tomar cuidado, pois Barbosa estava se aproveitando dela.

Mantinha silencioso no quarto. Angelo virou, prestes a descer. Justamente nesse momento, vieram ruídos no quarto.

Angelo pausou os passos. O ruído desapareceu. Ele pensou que tinha ouvido errado e não prestou atenção.

Ele levantou o pé, enquanto Sônia esgotou toda a força para exclamar:

- Estou aqui…

Angelo franziu as sobrancelhas, voltou e bateu na porta:

- O que aconteceu a você?

Com os olhos vermelhos, Sônia agarrou fortemente a toalha no corpo, hesitando. Ela jamais foi uma criança de três anos e soube a situação própria.

Tudo isso ocorreu tão repentinamente. Ela estava nervosa, temida e apavorada.

Ela disse em voz rouca:

- Eu caí no chão e não consegui me levantar.

Não foi que não conseguiu, mas não ousou. Ela descobriu que doeu muito a barriga contanto que se movesse.

Angelo empurrou a porta e não viu ninguém no quarto. Só o banheiro estava com porta fechada e luz acesa.

Ele foi lá e bateu na porta do banheiro:

- Você está dentro?

Sônia viu a sombra vagamente lá fora através da porta de vidro fosco, caindo as lágrimas de medo.

- Eu… eu estou.

Ela também não soube o que temia. Estava com medo de Angelo vê-la nua, ou de descobri-la possivelmente grávida? Ela não teve ideia. Enfim, se sentia muito insegura.

Angelo tentou abrir a porta. Como a porta estava trancada, ela não a abriu de uma vez. Ciente de que ela devia trancar a porta enquanto tomando banho, ele chocou a porta com força por que receava que ela tivesse no perigo.

Só no momento em que a porta se rompeu, ele descobriu a mulher nua no banheiro, deitada no chão de forma meio miserável, com a parte íntima coberta por uma toalha. Havia sangue no chão…