O Vício de Amor romance Capítulo 243

Resumo de Capítulo 243 O Bom Menino Não se Assusta: O Vício de Amor

Resumo de Capítulo 243 O Bom Menino Não se Assusta – Capítulo essencial de O Vício de Amor por Débora Rodrigues

O capítulo Capítulo 243 O Bom Menino Não se Assusta é um dos momentos mais intensos da obra O Vício de Amor, escrita por Débora Rodrigues. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Ele disse para si mesmo por várias vezes que aquilo tudo era mentira, e que se sentisse medo estaria deixando que os bandidos mandassem nele.

Ele não podia ter medo.

Caminhando com firmeza até a cama, agarrou a colcha e ergueu-a com força, mas não havia nada por baixo. Ele virou a cabeça e olhou para Jorge, que estava parado à porta:

- E a boneca?

Jorge havia pedido que a levassem embora antes de trazer o menino.

Vendo a coragem de Matheus, ele se sentiu satisfeito e orgulhoso.

Aproximando-se, passou a mão aberta e generosa sobre a cabeça do menino:

- Você é uma criança corajosa.

- Claro que sou - respondeu, erguendo a cabeça e parecendo até um pouco arrogante. - Sou filho da mamãe, é claro que sou corajoso. Eu falei que quero proteger a mamãe quando eu crescer, mas...

Quando eles apareceram, a mãe pareceu chateada.

O que fazer?

- Parece que a mamãe está com raiva - disse o menino, piscando.

O pai notou:

- Vamos.

Ele desceu com o menino e o deixou em um salão reservado para almoçar com Vanderlei e os demais. Em seguida, foi procurar Natália.

A esposa continuava de pé nos degraus, confusa e em conflito.

De certa forma, ela se arrependia de não os ter detido há pouco.

Vendo a silhueta da Natália, Jorge parou e se virou com passos lentos, mas firmes em sua direção:

- Você precisa acreditar no nosso filho.

Ela virou o rosto em direção ao homem que não estava parado muito longe. É claro que ela acreditava no filho, mas ele tinha apenas cinco anos!

- Você pirou, Jorge?

Ela correu até ele e se debateu em socos e chutes. Ele ficou parado como uma montanha, deixando que ela extravasasse.

Natália estava muito agitada, balançava as mãos. Com medo de que ela se machucasse, ele agarrou as mãos dela e a controlou com seus braços:

- Acalme-se.

- Você o fez ver a boneca de novo para que ele se assustasse de novo. Como quer que eu fique calma? Eu nunca vou perdoar você se ele se traumatizar!

Jorge passou as mãos pelas costas dela e disse com voz baixa:

- Ele é um bom menino. Não vai ficar com medo.

A mão e a voz dele pareciam ter poderes mágicos; lentamente, Natália foi-se acalmando em seus braços.

Ela ergueu o rosto e olhou para ele. Assim, de perto, dava para ver cada pelinho. A pele dele era muito brilhante e lisa.

- Como ele está?

- Está ótimo - respondeu, suspirando. - Confie em mim. Sou uma pessoa sensata.

Baixando os olhos, ela se explicou:

- Não é que eu não confie em você, eu só...

- Não acredita no seu filho? - interrompeu ele,

sabendo que, na verdade, ela estava preocupada com medo de que seu filho se machucasse.

- Ele é um menino, vai crescer ainda. Vai ter que lidar com pessoas de carne e osso, e com sentimentos que assustam mais do que aquela boneca. Precisa aprender a enfrentar, a superar. A superproteção não faz bem para ele.

Embora entendesse o que ele quis dizer, ela ficou sentida pela criança.

- Da próxima vez, que tal pedir minha permissão antes de tomar esse tipo de atitude?

Natália é mais coração-mole em comparação a Jorge.

Ciente de que suas palavras soaram meio capengas, ela logo acrescentou:

- Quer dizer, vamos conversar sobre assuntos que envolvam as crianças.

Ela não queria que ele entendesse, equivocadamente, que ela desejava interferir até no trabalho dele.

Jorge abriu um sorriso que até os cantos das sobrancelhas brilharam, e provocou:

- E se eu não conversar com você?

Erguendo a mão, ela finge que vai bater nele:

- Aí você vai apanhar...

Ele segura e beija a palma da mão dela:

- Então me bata aqui - disse, cobrindo o rosto com a mão da esposa, que apenas continuou falando sobre como era fácil acertar o rosto de um homem.

Ela retirou a mão:

- Não provoque.

Ele não continuou a provocação, até porque a poeira havia baixado em relação à confusão com a boneca, e o clima estava bem melhor. Passando o braço pelos ombros dela, disse:

- Você deve estar com fome. Vá comer alguma coisa.

Ela estava faminta mesmo. Passou quase um dia inteiro sem comer.

Depois de fechar a loja de roupas que foi destruída, Jaqueline passou a ficar em casa, e não procurou mais emprego.

Luiz achou-a na sua residência.

Ela estava com alimentos na mão, como se tivesse acabado de voltar das compras. Ao vê-lo, ela ficou surpresa e então veio correndo:

- O que você está fazendo aqui?

- Nessa época, você era jovem, e eu também era jovem; antes a gente não tivesse se separado.

Aquilo tocou o coração de Luiz; não por causa dela, mas pelo que ele viveu.

- É incrível que você ainda tenha essa foto.

Ele ficou surpreso em ver como era quando estava no orfanato.

Ela pousou levemente os dedos no menino da foto:

- Tive uma vida ruim depois que fui adotada. Sempre que achava que não ia mais aguentar, eu olhava para esse menino da foto e recuperava o ânimo de viver.

Era óbvio que havia algo em suas palavras que Luiz fingiu não entender:

- Tenho assuntos para resolver, então vou indo. Se precisar de ajuda com alguma coisa, é só entrar em contato.

- Desculpe... Só então ela percebeu o que havia acabado de dizer.

Que arrependimento.

- Está tudo bem.

Sem saber como responder, Luiz fingiu que não entendeu.

Ele apenas a via como uma amiga ou parente.

Nenhum outro tipo de pensamento.

- Eu acompanho você.

Ela baixou o porta-retrato, sentindo-se meio perdida.

Luiz olhou para a pessoa na moldura. Era óbvio que a foto foi tratada. Naquela época, a foto não estava plastificada, e não teria se preservado bem por tanto tempo.

- Não deixe esse tipo de foto na cabeceira.

Ela olhou para ele; ia dizer algo, mas hesitou, e apenas respondeu:

- Tudo bem. Vamos lá.

Bruno o empurrou para fora do apartamento, e Jaqueline o levou até o elevador.

- Não precisa me acompanhar. Pode voltar.

Ela ficou parada em frente ao elevador.

A porta do elevador se fechou lentamente até bloquear a visão dela. Então Bruno falou o que passava pela sua cabeça:

- A Sra. Jaqueline parece muito gentil e de bom coração. Não acho que tenha sido ela.

Luiz tinha o semblante opaco e confuso.

Ele tinha certeza de que Jorge não levantaria suspeitas infundadas, e não tinha certeza de que Jaqueline era capaz desse tipo de atitude.

- Mande alguém para vigiá-la todos os dias.

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