O Vício de Amor romance Capítulo 249

Natália olhou para o sol brilhante. Era outro dia lindo, ela não deveria considerar os outros tão sombrios. Talvez Anderson a magoasse e ela tinha más lembranças em seu coração, por isso ela era tão pessimista.

- Nada, tô dizendo casualmente. Cheguei. - Natália apontou para o hotel não muito longe e parou. - E você?

Luiz disse:

- Pensei que você me convidaria para entrar.

- Esta é no seu domínio, você pode entrar como quiser, mesmo que não mora em casa e esteja hospedado no hotel, acho que não tenho o direito de interferir.

Luiz piscou os olhos e achou que esta era uma boa proposta:

- Por que eu não tive essa ideia? - Luiz esfregou as sobrancelhas. - Já decidi, vou ficar no hotel hoje.

Natália ficou sem palavras.

“Ele tinha algum problema? Há alguém que deixe da casa e prefira ficar num hotel?”

Luiz não explicou, deliberadamente causou problemas a Jorge, pois Jorge desligou sua chamada pela manhã e disse que foi alguém que ligasse errado.

Quanto mais Jorge estava chateado, mais ele não gostava que Luiz se aproximasse de Natália, então Luiz mais queria irritá-lo, também seria bom causar-lhe alguns problemas.

Natália disse:

- Já vou entrar.

- Até.

Natália voltou para o restaurante do hotel, as pessoas já tinham saído, então ela subiu. Havia guarda-costas vigiando o elevador e ninguém podia subir sem autorização até este andar. Depois que o incidente da boneca aconteceu, nem mesmo garçons conhecidos podiam subir. Ao ver Natália, o guarda-costas acenou respeitosamente para ela, enquanto Natália sorriu para ele também.

Não havia outro estranho neste andar. A porta do quarto de Renata não estava fechada. Natália viu-a acompanhando Mariana desenhando no quarto. Era raro que a garota estivesse tão quieta. Ela não foi lá para incomodá-las, e Matheus estava deitado de bruços na cama resolvendo seus desafios. Basicamente, não havia necessidade de outros se preocuparem com ele.

Renata viu Natália de pé na porta e deu uma palmadinha no ombro de Mariana.

- Vou buscar água, continue desenhar.

- Okay.

Mariana nem sequer levantou a cabeça, estava concentrada neste momento.

Renata caminhou em direção à porta:

- Voltou?

Natália acenou com a cabeça:

- Onde todos foram?

- No quarto de Vanderlei. Pediu que você fosse lá quando chegou.

Natália acenou sorrindo:

- Obrigada por me ajudar a cuidar da Mari.

- Somos amigas, não precisa me agradecer.

Renata fechou a porta com um sorriso:

- Vá lá.

- Okay.

Natália se virou e caminhou em direção ao quarto de Vanderlei. Ela bateu na porta, e logo a porta se abriu, foi Marcelo quem abriu a porta, desta vez ele não disse bobagens, mas a cumprimentou com seriedade:

- Sra. Natália.

Natália estava um pouco desconfortável com sua seriedade.

O que tinha acontecido para torná-lo de repente sério quando ele sempre se divertiu quando não estava trabalhando?

Marcelo não disse nada, mas ficou de lado para deixá-la entrar.

Natália entrou. Na sala, as cortinas estavam abertas e a luz do sol entrava, estava muito brilhante. Jorge estava sentado no sofá, encostando para atrás, sem dizer nada. Vanderlei ficou de pé em frente à janela.

A atmosfera era um pouco pesada.

Natália entrou, sentou-se ao lado de Jorge e perguntou:

- Qual é o problema com todos vocês. Estão tão sérios?

Jorge virou sua cabeça lentamente e olhou para ela, ainda sem dizer nada.

Natália tomou a iniciativa de tomar seu braço. Ela não gostou do silêncio de Jorge, sentiu que algo estava errado.

Depois de um tempo, disse Jorge:

- O que você comeu lá fora?

Natália ficou congelada. Será que ele ficou com raiva por ela e Luiz terem saído para tomar café?

Natália balançou a cabeça, de repente um nojo surgiu na boca, sua garganta estava muito arranhada e ela começou a tossir. Natália o empurrou e correu para banheiro.

Jorge a seguiu e lhe deu tapinhas nas costas, sentindo-se terrivelmente preocupado:

- Qual é o problema? Você se sente mal do estômago?

Virando, Jorge disse com uma voz séria

- Marcelo, pegue um copo de água.

Pensou: "O que Luiz a levou para comer e o que ele fez com que ela ficasse assim?”

Marcelo veio com um copo de água e entregou a ele.

Jorge pegou a água, fechou a porta do banheiro e perguntou:

- Você está sentindo melhor?

Natália ficou parada na pia, levantou a cabeça após algum tempo sem sentir vontade de vomitar. Jorge entregou-lhe a água:

- Lave-se.

Natália pegou o copo de água, limpou sua boca e sentiu-se mais refrescada.

Jorge limpou a água no canto da boca dela. Quando foi tocada, Natália endureceu, levantou a cabeça e olhou para ele de forma suave. De repente, uma emoção forte e indescritível surgiu em seu coração.

Ela o abraçou e enfiou sua cabeça em seus braços.

- Estava triste porque também sou mãe, posso imaginar se fosse meu filho... Quanta dor e medo eu teria? Eu também estava sofrendo. Naquela época, aconselharam-me a abortar. Pensei que era nosso destino que eles pudessem serem meus filhos. Como eu poderia desisti-los? Felizmente, embora eles fossem pequenos quando nasceram, mesmo Mari tinha apenas dois quilos, eles eram tão pequenos que eu não ousava tocá-los, pareciam muito fracos, e eu tinha medo de machucá-los quando os tocava. Mas eles ainda estavam crescendo saudáveis. Acho que tenho muita sorte.

As emoções humanas eram tão simples. Sentem arrependimento e alegria. Todos tipos de emoções surgiriam por causa da pessoa de quem você se importa.

Como Jorge, ele agora tinha mil sentimentos, se sentia arrependido, mas ao mesmo tempo, sentia-se abençoado como Natália.

Ainda bem, foi ela naquela noite. Ainda bem, ela deu à luz a seus dois filhos apesar de arriscar a sua vida.

Ele agradeceu a esta mulher por ter chegado em seu mundo e ter tornado seu mundo preto e branco colorido.

Ele nunca havia pensado que um dia se tornaria diferente de si mesmo devido a uma mulher.

Ele queria abraçá-la, beijá-la, confortá-la, compensá-la e dar-lhe todas as coisas boas deste mundo, inclusive a si mesmo.

Ele abaixou a cabeça e beijou o cabelo dela...