O Vício de Amor romance Capítulo 251

- Ela e Luiz viviam no mesmo orfanato quando eram pequenos, e havia uma amizade entre eles - Natália disse.

Marcelo olhou para Jorge com um sorriso e se inclinou para frente.

- Sra. Natália, como você sabe? Luiz contou a você?

Natália não percebeu a armadilha em suas palavras e respondeu com sinceridade.

- Sim.

- Ele contou tudo sobre a infância de sua vida, e confia tanto em você. Ele está interessado em você?

Natália ficou sem palavras.

A expressão de Jorge se tornou sombria e ele endireitou a cintura. Ele podia dizer que Luiz estava interessado em Natália.

Natália podia sentir claramente a frieza originada de Jorge.

Embora ela não olhasse para ele, ela sabia que a expressão de Jorge agora deveria ser muito amuada.

Natália olhou para Marcelo com indiferença.

- Por que eu não percebo nada? Você é o verme na barriga de Luiz? Você sabe o que ele pensa?

Marcelo não respondeu nada.

Vanderlei disse sorrindo:

- Verdade, um verme esperto.

Marcelo pregou severamente Vanderlei.

- Por que você não fica ao meu lado? Somos amigos!

Ele enfatizou muito a palavra "amigo", como se fosse para lembrá-lo com quem ele deveria torcer.

Vanderlei escondeu atrás de Natália:

- Obviamente eu torço para Sra. Natália. Já que você não tem dinheiro, de que ganho torcer para você?

Marcelo não poderia dizer nada.

Natália virou sua cabeça e olhou para Vanderlei:

- Eu também não tenho dinheiro.

- Você não tem, mas Jorge tem. O que é Jorge também é seu. Mesmo que não seja seu, seria de seu filho. De qualquer forma, ele deveria ser mais rico que Marcelo.

Agora Matheus era o único filho de Jorge. No futuro, é possível que ele não daria a propriedade da família Marchetti a seu filho?

Marcelo aproximou-se de Natália com um sorriso safado:

- Sra. Natália, deixe eu ganhar fortuna com você.

Ele não era estúpido. Ele queria seguir Natália, pois agora até Jorge obedecia a ela.

Natália franziu o cenho. Como a atitude deste homem pôde mudar tão rapidamente?

Ele não estava brigando com Vanderlei?

Por que todos eles estavam vindo em direção a ela?

- Sra. Natália...

Paft!

Marcelo queria agarrar o braço de Natália, mas Jorge esbofeteou-o antes mesmo de tocá-la.

Marcelo cobriu as costas da mão, olhou para Jorge amargamente e murmurou:

- Que pão-duro!

- O que você disse?

Jorge virou sua cabeça, fingindo não ouvir claramente.

Ele estava chateado com Luiz e precisava de um saco de pancada para desabafar a raiva.

Imediatamente Marcelo se cedeu:

- Eu não disse nada.

Alguém bateu na porta nesse momento e Natália falou:

- Deve ser Mari e Teteu.

Quem poderia vir? Além disso, nenhum desconhecido poderia entrar neste piso.

Jorge disse indiferente:

- Entre.

A porta se abriu, não era Matheus ou Mariana, foi guarda-costas.

- O Sr. Luiz está querendo falar com a Sra. Natália.

- Luiz? - Marcelo arregalou os olhos. Este homem tem ouvidos na parede? Apareceu justamente quando eles mencionaram ele?

O guarda-costas acenou com a cabeça.

Natália lembrou-se do que ele disse sobre hospedar no hotel, então não estranhou que ele aparecesse.

- Disse ele por que queria me ver? - perguntou Natália.

Quando ela falou de seu pai, olhou para Jorge, depois para Natália:

- Este é o papai.

A garota de repente se tornou séria:

- Mamãe, agora tenho um pai. De agora em diante sou uma menina com pai e ninguém vai dizer que sou uma bastarda...

Antes que Mariana pudesse terminar suas palavras, Natália cobriu sua boca, abraçou-a em seus braços e esfregou seus cabelos.

- Todos têm boca, e as palavras que saem são diferentes. Cem pessoas têm cem impressões de você. Então, Mariana, não importa o que os outros dizem, você é sempre a querida da mamãe.

Mariana acenou com firmeza e colocou seus braços ao redor do pescoço de Natália:

- Mamãe, eu sinto muito feliz.

Natália olhou para sua filha. Por que esta menina ficou tão emocional hoje?

Ela acariciou suavemente a testa de sua filha e arrumou seus cabelos rebeldes.

- Que bom.

Ela sentia que sua filha ficou mais animada do que antes, com sorriso no rosto a cada dia.

Ela sabia que esta era a felicidade que as crianças de famílias completas poderiam ter.

- Mamãe, você pode me levar para fora? Que chato estar no quarto o tempo todo.

Mariana estava pedindo mimo nos braços de Natália.

De pé na porta, Jorge estava sem palavras, olhando para o céu. Por que é tão difícil ficar sozinho com Natália por um momento? Por que sempre há gente incomodando-o?

- Mamãe? - A menina se encolheu nos braços de Natália. Ela não parava até que Natália concordasse.

- Okay. - Natália não queria desapontar sua filha. Raramente ficou tão feliz e tinha tempo para estar com ela.

- Papai, venha connosco. - A menina levantou a cabeça, pegou sua mão e a balançou.

Ela piscou seus grandes olhos redondos. Ninguém poderia recusar uma menina tão fofa e macia, e muito menos Jorge.

Ele se abaixou para pegá-la.

- Hoje tanto o papai como a mamãe estão acompanhando você.

- Que legal! Estou satisfeita!

Mariana chutou suas pernas e se contorceu nos braços de Jorge.

A sujeira de seus sapatos manchou nas calças de Jorge, deixando umas marcas brancas óbvias.

Somente Mariana conseguia fazer isso. Senão, quem ele poderia tolerar?