O Vício de Amor romance Capítulo 316

Renata nem sequer olhou para seu rosto.

Ela vestiu seu casaco, pegou sua bolsa e caminhou até a porta.

Marcelo baixou a cabeça e olhou para o cartão ao lado do pé dela, pegou-o imediatamente e saiu rapidamente da sala. Ele a encontrou quando ela estava saindo, agarrou seu braço e a conduziu para fora.

Renata o repreendeu com raiva:

- O que você está fazendo?

Marcelo não a ouviu, ele a levou diretamente para o estacionamento. Ele a colocou no carro para que ela não pudesse sair, e assim que Renata entrou, ele fechou a porta do carro.

Renata ficou muito zangada e bateu com força na janela.

- Marcelo, o que você está fazendo? Deixe-me sair!

Marcelo ignorou sua resistência e eles deixaram o hospital rapidamente.

- Juro que te odiaria ainda mais se você continuasse assim - disse Renata. Você é infiel, mentiroso e possessivo. Como posso concordar em me casar com uma pessoa como você? Eu devo estar louca!

Renata esfregou o rosto com dificuldade para se acalmar um pouco.

Mas diante de Marcelo, ela não conseguia estar calma.

Ela estava muito desapontada com Marcelo.

- Você quer ir? Suas coisas ainda estão em casa, vou levá-la para casa agora mesmo para pegá-las.

Marcelo riu zombando:

- Sou cruel, sou um bastardo, e você? Como pode sair assim sem me dar uma segunda chance? Você sabe como eu me sinto? Antes de decidir me casar com você, pensei em muitas coisas. Sim, é verdade que minha ex-namorada está de volta, mas eu não a amo mais. E você está suspeitando isso e não quer confiar em mim.

Quanto mais Marcelo dizia, mais injustiça ele sentia.

- Confiança é mútua, eu não poderia confiar em você se você não confia em mim. Eu te dei chance sim. Eu pedi para não sair com ela, mas você já ficou com ela mais de uma vez. E você também teve chance de me contar tudo, mas não disse nada. Se você se preocupa comigo, quando foi vê-la, você pensou sobre mim? Você nunca pensou se eu ficarei ansiosa, ficarei triste? Sou uma órfã, embora tenha sido adotada por uma boa família, tive uma infância feliz, ainda me sinto insegura por dentro. Quanta coragem é necessária para eu decidir me casar com você? Você sabe a esperança que tinha quando me casei com você?

Os olhos de Marcelo estavam vermelhos de tristeza. Diante da acusação de Renata, ele não pôde refutá-la de forma alguma.

Era verdade que ele tinha ido ver Taís.

Renata cobriu seu rosto com as mãos.

- Precisamos de tempo para nos acalmarmos.

Marcelo estacionou o carro no estacionamento.

Ambos estavam em silêncio. Havia uma atmosfera sufocante no interior do carro.

Depois de um tempo, Marcelo falou primeiro:

- Pegue.

Ele colocou o cartão em seu colo e explicou:

- O que falei foi de raiva, não leve isso a sério.

Renata não lhe respondeu.

Havia outro silêncio. Depois de um tempo, Renata abriu a porta e saiu do carro sem dizer nada a ele.

Embora ela não tenha dito nada, Marcelo sabia o que ia fazer. Ele se sentiu impotente naquele momento.

Até agora, o que quer que tenha acontecido, foi tudo culpa dele.

Depois de um tempo, Renata apareceu com uma mala, aproximou-se da porta do carro e deixou as chaves no banco.

- Aqui está a chave da casa.

Ela partiu, e não tinha motivos para ficar com as chaves.

Marcelo ficou em silêncio.

Renata olhou para ele, e saiu sem dizer nada. Ela pegou sua mala e caminhou até a porta principal da comunidade.

Marcelo abriu a porta do carro e olhou para suas costas.

- Se você tiver tempo, poderia ir visitar a avó? Ela não quer que separemos. Eu menti para ela, dizendo que agora estamos bem. Não quero que ela se preocupe. Se você não a visitar, ela vai duvidar das coisas que eu lhe digo. Ela é mais velha, você poderia me fazer este favor?

Renata parou e disse: