O Vício de Amor romance Capítulo 354

O motorista mudou de direção.

Natália sentou-se em silêncio, mas ela estava pensando em Renata.

Se levar Renata para outro lugar, Marcelo certamente vai a procurar. Mas ela apoia Renata, independentemente do que Marcelo disse, ela não a trairia. Depois desse acidente, Marcelo deveria ser mais maduro nos relacionamentos. Os dois precisariam de tempo para reparar esta relação.

Pensando nisso, Natália ficou ainda mais determinada em ajudar Renata.

Logo, o táxi chegou ao café Davô.

Depois de pagar ao taxista, Natália saiu do carro.

Através da janela de vidro, Natália viu Sônia com seus dois filhos, sentados junto à janela comendo bolo. Ela empurrou a porta para entrar.

- Mamãe.

Matheus a chamou quando a viu entrar.

Sônia virou a cabeça, viu-a e sorriu:

- As tortas aqui são deliciosas, eu pedi uma para você.

Natália se sentou e disse obrigada. Comeu um pedaço da torta de chocolate. Era saborosa, mas não doce demasiadamente.

O café era famoso por seus bolos e havia uma área de recreação infantil na parte de trás, por isso era um lugar perfeito para levar as crianças.

Depois de terminar o bolo, Mariana pegou a mão de Matheus e disse:

- Teteu, vamos brincar.

Matheus suspirou impotente, como se não tivesse outra escolha senão dizer sim a sua irmã:

- Tá bem, vamos lá.

Sônia fez um gesto para que o motorista os seguisse:

- Cuide dos dois.

O motorista acenou com a cabeça e seguiu as crianças até a área de recreação.

Através da janela, elas também podiam os ver.

Natália tomou um gole de seu suco e pediu:

- O que você quis falar comigo?

- Não posso encontrar com você se não tiver nada especial?

Sônia apenas sentiu que eles não falavam há algum tempo e hoje ela saiu com as duas crianças no fim de semana. Então ela chamou Natália para vir com eles.

Natália disse sorrindo:

- Claro que sim.

Normalmente quando Sônia a procurava, sempre havia algo a dizer a ela, então ela fez a pergunta.

Sônia olhou através do vidro para as duas crianças se divertindo e sorriu:

- Eu nunca pensei que chegaria um dia em que eu pudesse viver com Jorge e me dar tão bem com seus filhos. Sou mãe, mas fui despojada do meu direito de ser a mãe. Estou muito grata.

Sônia pegou a mão de Natália e continuou:

- Muito obrigada, por me permitir viver com Jorge e meus dois netos.

- Fiz apenas o que tinha que fazer. Você perdeu muito e tudo o que tem agora é a recompensa por suas perdas, mas não creio que tudo isso possa compensar por todas essas perdas.

Sônia balançou a cabeça:

- Já estou satisfeita com tudo o que tenho agora.

Ela estava contente com sua vida atual. Este sentimento de pertencer à família muitas vezes a fez sentir que Jorge havia perdoado o passado e conseguiu se dar bem com ela.

- Luiz teve problemas ultimamente. - Sônia disse de repente, virando a cabeça para olhar para Natália. - Disse ao Jorge que o acidente de Thiago foi obra dele?

Ela tomou um gole de água, continuando a ouvi-los.

Depois disso, Sônia e Natália nada mais disseram sobre Jorge, a conversa girou em torno das duas crianças. Irene, pensando que não conseguia obter mais informações, se levantou e saiu.

Uma vez sair do café, ela imediatamente ligou para Thiago.

- Quando você vai voltar para casa? - ela perguntou com uma voz ansiosa.

O médico tinha dito a Thiago que ele teria que descansar, mas ele não queria ficar no hospital, disse ao médico que só tinha um braço ferido e que isso não o incomodava a andar, então ele tinha lhe dado alta.

Thiago tinha acabado de retornar ao escritório e recebeu uma chamada de Irene. Irene sempre foi uma pessoa calma e raramente o chamava com tanta pressa. Thiago desabotoou o colarinho de seu uniforme e olhou para a hora antes de dizer:

- Por volta das cinco, Mário causou alguns problemas?

Normalmente, quando Irene estava tão ansiosa, nove em cada dez vezes se tratava de seu filho Mário, pois não havia mais nada que a pudesse deixar preocupada.

- Não, falaremos quando você chegar em casa. Volte logo, eu vou esperar por você.

Depois de dizer isto, Irene desligou a chamada e pegou um táxi para casa.

Thiago olhou para o telefone pendurado e franziu o sobrolho.

"Por que ela está tão ansiosa, o que poderia ser se não for Mário?”

Thiago estava inquieto e voltou para casa antes das cinco. Irene estava esperando por ele em casa.

Quando Irene o viu entrar, ela foi até ele e o ajudou a tirar o casaco:

- O médico lhe disse que você tem que descansar, por que você nunca deixa de trabalhar mesmo que esteja ferido.

Thiago olhou para ela, ignorando sal reclamação, perguntou:

- O que você quer me dizer?

- Hoje fui ao Davô e encontrei Sônia...