O Vício de Amor romance Capítulo 408

- Se tivesse escolha, eu não o escolheria como meu pai! - disse Mário e se livrou de mão de Irene e saiu correndo de casa.

Irene se sentou em sofá e chorou, ela também teve queixas sobre Thiago:

- Nosso filho é um adulto. O que você falou é feio. Se fosse ele, também estaria zangada. Desde que ele nasceu, tem estado sempre ocupado, não passou tantos dias em casa como no exército. Quando ele era pequeno, era como uma criança sem pai. Até cresceu, o obrigou a tarimbar. Ele objetou, então você bateu nele. Como ele poderia te obedecer? Fez o que um pai deveria ser? Sempre fala que ele é rebelde, por que não pensa em razão?

Quanto mais Irene dizia, mais desconsolada ficava. Cuidou desta casa sozinha, seu marido era um homem que não entendeu romance, bem como ternura. Não basta isso. Ela só tinha um filho, os dois discutiam sempre que se encontravam. A casa não era mais uma família.

Irene caiu no pranto.

Thiago reclamou:

- Não se sente vergonha?

De repente, Irene se levantou:

- Não me sinto vergonha de chorar por tristeza. Vou até condomínio para que todos vejam. É você que vai sentir vergonha!

- Inacreditável! - Furioso, Thiago estava prestes a sair.

- Thiago, estou te avisando, se você brigar mais uma vez com Mário, vou me divorciar de ti! - gritou Irene.

Thiago ficou surpreendendo. Nestas décadas de casamento com Irene, ela sempre estava diligente, nunca desobedeceu a si mesmo, muito menos mencionou divórcio.

- Está louca?

- Sim, estou louca, é culpa sua. Somos casados há décadas e nunca lhe pedi nada, só queria que esta família fosse o que deveria ser. Não importa o que faça, eu o apoio e nunca me opus. Mas você foi tolerante comigo? Considerou meus sentimentos? - Com ranho e lágrima, Irene contou das queixas que sofreu ao longo dos anos. - Na minha gravidez, quantos dias me acompanhou? Fui eu mesma ao hospital para fazer exame. Quando tive cãibras nas pernas à noite e não consegui dormir enquanto minha barriga estava grande, meu marido, o pai de meu filho, nunca me preocupava.

Thiago mantinha perplexo. Esta foi a primeira vez que Irene perdeu a calma diante dele e falou tanto.

Mesmo homem mais duro como Thiago ficou abanado.

Ele admitiu que estava ocupado com sua carreira quando era jovem, e não cuidou suficientemente de família, mas era impossível para ele pedir desculpa.

Thiago foi dessa personagem, pôde perceber seu erro, mas não era possível lhe confortar com palavras complacentes e pedir desculpas.

Ele se aproximou e enxugou as lágrimas de Irene com lenço de papel.

- Acalma-se.

Irene deu meia volta e não disse nada.

- Quer que eu te consola com palavras doces? - suspirou Thiago.

Irene chorou mais miseravelmente.

Ele foi um homem sem senso de romantismo. Irene nunca duvidou de sua lealdade a casamento, ele simplesmente não soube como ser terno.

Vivendo juntos por maior parte da vida, Irene entendeu muito bem seu temperamento. Ela não pôde deixar de suspirar, achando que ele estaria triste. Era impossível se divorciar, falou aquilo só para o assustar.

Mas Irene também se sentiu machucada. Não há mulher que não anseie por ser amada.

Ela era apenas uma mulher comum.

Ela empurrou Thiago e entrou na sala.

Thiago ficou na sala de estar, hesitante de entrar ou recuar. Ele não sabia o que deveria fazer. Pela primeira vez em sua vida, ele não sabia o que fazer. Ele se sentou em sofá com um suspiro profundo, nem saiu para falar com Jorge.

Mário foi para Marcelo em vez de encontrar Jorge quando ele deixou a Casa de Vieira.

Nesse momento, Marcelo já havia elaborado a acusação e estava prestes a ir ao tribunal quando encontrou com Mário.

- Marcelo, posso pedir dois minutos?

- Estou ocupado. - Marcelo se recusou decisivamente, ele estava muito ocupado agora.

Mário ignorou sua recusa e puxou Marcelo para um lugar isolado. Marcelo olhou furiosamente para Mário e disse:

- Estou ocupado agora, pare com isso.

Mário continuou caminhando e disse:

Marcelo estava prestes a dizer, mas mudou de ideia:

- Não sei.

Agora não era um bom momento de visitar Natália. E se Jorge soubesse, ele definitivamente não queria nenhuma perturbação em Natália.

Mário tinha certeza que ele sabia, então bloqueou seu caminho.

- Se não me disser, não vou o deixar sair.

- Está agindo como uma criança - Marcelo olhou para ele.

Mário não se importou. Em qualquer caso, se Marcelo não lhe dissesse, ele o impediria de ir.

Marcelo não pôde fazer nada com ele, então disse:

- Não diga a Jorge que eu contei a você.

- Entendi.

No final, Marcelo disse o hospital onde estava Natália, e só então ele pôde sair.

Separado de Marcelo, Mário foi direto para hospital.

Ele estacionou o carro e entrou. O piso onde Natália ficava estava bloqueado.

Ninguém podia entrar.

Havia policiais, assim como os guarda-costas mandados por Jorge, e todas as entradas e saídas eram vigiadas.

- Sou amigo de Sra. Natália, por favor avise-a para mim, ela definitivamente me receberá. - Sentado em cadeira de rodas, Luiz Lemann disse. A notícia sobre Natália se tornou um tema popular, foi natural que ele sabia disso, porém, levou algum tempo para descobrir onde Natália estava.

De longe, Mário viu alguém sendo mantido fora de entrada, ele se aproximou e olhou para Luiz e descobriu que foi alguém desconhecido.

- Quem é você?