Capítulo 32
Isabela Abrantes
Estava pensando na loucura que fizemos durante a madrugada e como meu tio não consegue mais resistir ao que sentimos um pelo outro, pois nem o fato do meu pai está debaixo do mesmo teto que a gente foi suficiente para que ficássemos sem nos amar, pois sim, a gente se ama e isso deve ser suficiente para que fiquemos juntos.
Este final de semana vamos para casa de campo comemorar o aniversário da minha avó e após seu aniversário pretendo contar tudo para meu pai e para Marcelo, pois não posso e não quero ficar brincando com ele desta forma, pois ele me ajudou quando eu mais precisei.
No café da manhã estávamos meus avós e meu pai e fiquei me perguntando onde meu tio tinha ido. Sentir até um pouco de medo que ele tivesse ido embora como fez da primeira vez que fizemos amor, mas sei que ele não fará isso novamente, pois se fizesse não teria perdão.
Quando estávamos terminando de tomar café, meu tio aparece sem camisa e completamente suado. Meus olhos praticamente grudam nele. A fome de comida saciada, mas a outra...
- Não conseguir pregar o olho e sair para correr - Fala e penso que ele provavelmente se sente culpado pelo que fizemos de madrugada, pois assim que terminamos ele me deixou no corredor completamente sem fôlego e se foi para seu quarto. Essa paixão proibida está acabando conosco.
- Pelo visto sua saída valeu a pena - Meu pai fala com meu tio quando ele se vira para pegar uma fruta e noto uma sequência de arranhão em suas costas. Automaticamente lembro-me das suas investidas contra a parede e bebo meu suco para disfarçar e finjo não notar a forma como minha avó me olha.
- Sim, sempre vale a pena estar com quem amamos! - Diz e sai da cozinha. Eu engasgo com o suco e tenho uma crise de tosse. Minha avó se levanta e bate nas minhas costas, mas noto que logo em seguida ela vai atrás do meu tio Guilherme.
- Então viva ao amor - Meu pai diz dando risada e me controlo para não ter uma crise de risos, pois se ele sonhar que aquele arranhão nas costas do meu tio foi sua filha quem fez. Eu apenas sorrio sem graça e evito olhar em seus olhos, pois agora, depois que o fogo passou, a culpa se fez presente e preciso contar a verdade o mais rápido possível.
Guilherme Casagrande
Eu me sinto muito melhor por não esconder de mim mesmo como me sinto em relação a Isabela. Eu a amo e por isso estou respeitando o seu tempo para contar ao seu pai sobre nós, mas não vou aceitar que ela fique com Marcelo, pois ela é minha e se ela não entender isso, eu vou lhe mostrar.
Eu a amo, porra!
Estava me preparando para o banho quando minha mãe entrou no quarto.
- Você e Isabela não podem desrespeitar a minha casa e principalmente o pai dela. Vocês estão loucos! - Ela fala irritada e está com razão.
- O que aconteceu na noite passada não vai se repetir, pois quando retornarmos da casa de campo pretendo me mudar para o apartamento com Isabela.
- Tudo que eu quero é que vocês resolvam com brevidade toda a situação - Ela fala e sai do quarto. É o que mais quero também! - Penso ao entrar no banho.
Horas mais tarde estamos chegando à casa de campo e fico satisfeito por Isabela não ter convidado Marcelo. A casa já está cheia com alguns parentes que vieram para passar o final de semana conosco. Vejo Carine, nossa prima, puxar Isabela e sumir pela casa.
Nós nos acomodamos em nossos quartos e o de Isabela é em frente ao meu, vai ser uma tortura estar tão perto e não poder tocá-la.
- Quando vocês vão se casar? Deixar essa vida de garanhão e conquistador de novinhas! - Fred, pai de Carine, pergunta. Eu fico irritado com sua pergunta idiota.
- Como está Carla? - Pergunto sobre a esposa dele, pois não vi a mesma pela casa. Ele fala de casamento como se não soubéssemos que ele trai a esposa com a secretária, e a esposa apenas fingi não vê. Se for para casar que demore o tempo que for, mas que seja verdadeiro e não para cumprir um papel imposto pela sociedade.
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