Capítulo 06
Isabela Abrantes
Deixei os sapatos caírem da minha mão e o barulho fez com que meu tio abrisse os olhos. Uma ânsia de vômito me atingiu e sai correndo para o banheiro do meu quarto.
Estava com a cabeça sobre o vaso sanitário quando meu tio apareceu e segurou meu cabelo, ajudando a colocar tudo para fora.
- Pelo que estou vendo a noite foi muito boa – Ele diz.
- Não tanto quanto a sua. – Falo e vejo que ele fica sem graça. Eu me levanto e retiro a roupa suja e me jogo na cama. Quando ele vai sair do meu quarto o chamo.
- Tio... Fica comigo, por favor! – Peço e a última coisa que vejo é ele se deitar ao meu lado na cama.
Demorei mais que o normal para levantar, pois não queria enfrentar a realidade que me espera do lado de fora do meu quarto. Não quero ver meu tio com outra mulher!
Olho para o criado mudo ao lado da cama e vejo que já é uma da tarde! Fecho os olhos quando a porta do meu quarto se abre. Escuto ele me chamar, mas me recuso a abrir os olhos.
- Isabela levanta que quero te apresentar uma pessoa e já está muito tarde mocinha. – Escuto ele falar.
- Tio... me deixa dormir – Resmungo, mas mesmo assim ele puxa meu lençol.
- Nem um minuto a mais! – Fala e puxa minhas pernas. Grito, pois fui pega de surpresa. Eu o agarro pelo pescoço e fico muito próxima do seu rosto. O bebo com os olhos. A porta se abre revelando uma mulher muito bem vestida.
- Interrompo? – A mesma fala e me sento na cama.
- Deixe de besteira Pamela, e venha aqui para te apresentar a minha sobrinha - Ele fala, mas me levanto e me afasto dizendo que vou tomar banho e encontro com eles na sala.
Resolvo que vou agir com maturidade!
Após tomar banho e colocar uma roupa confortável vou encontrar o casalzinho na sala.
- Guilherme ela é uma mulher e não uma criança, vocês a mimam e a tratam como se tivesse dez anos de idade. – Ouço Pamela falar.
- Por qual motivo você está implicando tanto com Isabela sem a conhecer? – Meu tio fala.
- Pronto, Pamela, agora estou adequada para te conhecer, querida! – falo e me aproximo beijando a mesma no rosto.
- Você está tão tensa, o que houve? – Pergunto e olho para meu tio.
- É cansaço da viagem, querida! – Ela responde e a falsidade está exposta na sua voz.
Sentamos na sala e sondo para saber quanto tempo irá durar sua estadia, porém para minha frustração a mesma vai ficar por pelo menos dez dias. Fico pensativa sobre o que vou fazer neste período que a mesma vai ficar aqui em casa, e ao invés de ir para casa de alguma amiga, ou algo do tipo, resolvo que vou ficar em casa e infernizar a vida dessa mulher. Ela vai desejar ir embora o quanto antes.
- Tio pensei que você ia me encontrar na boate ontem - Falo e sondo a reação de Pamela.
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