"Ele era tão alto que com certeza poderia fazer muitas coisas. Queria que ele ajudasse mamãe a secar ervas medicinais, apanhar pragas das plantas e flores."
...
Que barulho insuportável!
Nicolas franziu a testa elegantemente, abrindo lentamente os olhos.
O que viu foram dois rostinhos adoráveis.
Ele ficou atordoado por um momento, seus pensamentos ainda vagando.
"Ah, Tio Bonito acordou!"
"Irmão, venha logo, o tio acordou."
Justino e Neli estavam visivelmente animados.
Nivaldo, ouvindo a comoção, veio com passos pequenos e rápidos.
Seu rosto infantil continuava sério como sempre.
Parando ao lado da cama, fazendo uma espécie de imitação de um adulto, e ele falou calmamente: "Você está acordado?".
A cabeça de Nicolas ainda estava um pouco nebulosa.
Olhando para os três pequeninos à sua frente, por um momento ele pensou que havia sonhado que estava no reino de Lilliput.
Depois de um tempo, ele conseguiu perguntar: "Onde é isso?"
"Nos subúrbios da Cidade Luz."
"Sua família me salvou?"
Sua voz era rouca, aparentemente frágil, mas sua presença se tornou imponente e fria quando ele acordou.
"Tio, foi minha mãe que o salvou." - Neli falou primeiro.
O olhar de Nicolas se moveu lentamente para o rosto dela, suavizando-se ao encontrar seus olhos brilhantes.
Que garotinha linda e adorável.
Provavelmente são trigêmeos.
Seu olhar então se voltou para Justino e Nivaldo, seus olhos profundos piscaram levemente.
A semelhança entre os dois irmãos...
"Tio, você lembra de onde é, por que caiu de um lugar tão alto?"
Justino perguntou, curioso.
Os lábios finos de Nicolas se apertaram, um brilho agudo passou por seus olhos escuros.
O carro que dirigia foi sabotado e colidiu com a barreira de proteção na rodovia, caindo do penhasco.
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