Estela piscou os olhos castanhos: "Mas o tecido da sua roupa é de ótima qualidade."
Mesmo estando rasgada, era óbvio que a confecção vinha de mãos de um mestre.
Ao ouvir falar em roupa, Nicolas de repente percebeu que debaixo do cobertor seu corpo estava quase nu.
Seus olhos escureceram ao olhar para Estela: "Foi você quem tirou minha roupa?"
"Se não fui eu, quem mais poderia ser?" - Estela retrucou.
Nicolas: "..."
Ela o tinha visto nu, da cabeça aos pés!
"Se você não é o Nicolas, então quem diabos é você?"
Estela examinou Nicolas, notando seu olhar gelado, de repente seus olhos castanhos se contraíram levemente.
"Você não pode ser um desses chefes do crime, perseguido por seus inimigos e caído de um penhasco, pode?"
Nicolas: "..."
Ela poderia usar um pouco mais de imaginação!
"Mamãe, mamãe, o tio bonito perdeu a memória."
Nélida espiou pela porta e correu feliz para dentro de casa com suas perninhas.
Nivaldo Justino foi logo atrás.
"Perdeu a memória?"
Estela olhou para Nicolas com desconfiança.
Nicolas assentiu levemente com a cabeça, sentindo uma sutil emoção.
Já que as crianças haviam encontrado uma desculpa para ele, ele poderia muito bem fingir a amnésia.
"Mamãe, acho que o tio não tem dinheiro para o médico. Vamos deixá-lo ficar e ele pode nos ajudar fazendo trabalhos pesados para pagar, né?"
Justino sugeriu a Estela.
Estela levantou uma sobrancelha e seus olhos passaram pelas mãos de Nicolas.
Mãos longas e bonitas com calos finos.
Parecia alguém que lidava com grandes responsabilidades. Ele poderia fazer trabalho pesado?
Ainda mais, ele estava incapacitado agora!
"Ajude-me a levantar." - Nicolas de repente disse.
"O que foi?"
"Preciso usar o banheiro."
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