Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 1778

Amábilia arregalou os olhos e exclamou: "O que vocês têm para discutir?!"

Mateus respondeu:

"Em primeiro lugar, diante dos mortos, devemos ter respeito. Vocês foram desrespeitosos com nossa tia, deveriam ir até ela e pedir desculpas ajoelhados, para evitar a ira divina!"

"Em segundo lugar, você agiu como uma verdadeira barraqueira, nos insultou e gritou conosco. Também deve nos pedir desculpas, especialmente para a tia Carvalho."

"E mais, a antiga casa da tia pertence a Mário. Nenhum de vocês tem direito de ficar com ela, então precisam devolver a casa imediatamente."

Ao ouvirem isso, Amábilia e os outros ficaram com o rosto fechado!

Pedir desculpas?!

Além de não terem conseguido aquela casa no centro da cidade, ainda teriam que abrir mão da antiga casa?

Amábilia gritou:

"Já foi uma bondade deixar vocês passarem pela roça da nossa família! E ainda querem impor condições? Nós não aceitamos!"

Mateus então disse:

"Se não aceitam, tudo bem. Mas a partir de agora, qualquer um que tenha laços com você pode esquecer de levar uma vida tranquila."

Assim que Mateus terminou de falar, os parentes de Amábilia começaram a bater nela, com socos e pontapés:

"O que você tem para não aceitar?! Está querendo acabar com a gente é?!"

Depois de um tempo, Amábilia, dominada pela própria família, cedeu. Chorando, ela se aproximou:

"Eu estava errada. Não deveria ter tentado ficar com a casa do centro, nem ocupar a antiga casa. Eu peço desculpas, peço desculpas a vocês, peço desculpas à Zeferina..."

Chorando, ela seguiu em direção ao cemitério, e os outros membros da família Paiva foram atrás, mancando.

Assim que se aproximaram do cemitério, todos se ajoelharam e bateram a cabeça no chão, reconhecendo seus erros:

"Desculpe, Zeferina! Nós estávamos errados. Não deveríamos ter perturbado seu descanso, não deveríamos ter dificultado a vida da sua irmã e do seu filho..."

Zeferina, parada à beira do campo, assistia à cena com lágrimas nos olhos.

Naquele momento, sentiu tanto alívio quanto saudade da irmã.

Mateus então disse:

"Tia Carvalho, pedi para o Mestre consultar o horário, e logo chegará o momento certo para a transferência do túmulo. Que tal deixarmos as discussões para depois e cuidarmos disso primeiro?"

Zeferina respirou fundo, segurou firme a mão de Mateus e disse:

"Mateus, estou te devendo um grande favor!"

Mateus logo respondeu: "Não precisa ser tão formal comigo. Foi um prazer defendê-la."

Zeferina ficou muito emocionada e disse:

Sob a orientação e apoio de Mateus, a antiga casa foi transformada em uma biblioteca, aberta para as crianças da vizinhança.

Ao sair, Mateus ainda entregou mil reais para Amábilia, como compensação pelo uso do campo de trigo.

Tudo feito de forma justa e transparente.

E ainda não perdeu a chance de provocar:

"Olha, sinceramente, não tenho como te respeitar. Você teve quatro filhos homens, mas juntos não chegam aos pés de uma filha só! Mesmo assim, ainda prefere valorizar os homens..."

"Tia Carvalho criou uma verdadeira joia, enquanto você só criou inúteis. Que azar o seu."

Assim que Mateus terminou de falar, Amábilia desmaiou de indignação e precisou ser levada pelo SAMU.

A família Marques não morava em Salvador, e a viagem levou mais de três horas de carro.

Como havia poucos lugares no carro, Mateus não foi com eles.

No caminho, Zeferina desabafou:

"Mateus sempre pareceu despreocupado, mas quando precisa, é firme, calmo e organizado."

Mário olhou para Helena e não resistiu a elogiar Mateus:

"As aparências enganam. O irmão Mateus é excelente em todos os sentidos. Tenho certeza de que será um ótimo pai no futuro."