Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 1792

Sérgio ergueu a cabeça e o peito, e saiu do salão de festas com passos firmes e altivos, como se não reconhecesse ninguém.

Mesmo após sua saída, as risadas cheias de arrogância ainda ecoavam pelo salão.

A postura orgulhosa de Sérgio despertou inveja em todos os presentes!

O grupo realmente sentia uma mistura de inveja e ciúmes, se perguntando quando teriam a chance de segurar o primeiro neto nos braços.

Entre famílias tradicionais e poderosas, dinheiro nunca foi problema. Chegando à idade que tinham, com os negócios já estáveis, o desejo por dinheiro e poder já não era tão intenso quanto o desejo de ter um neto para dar continuidade ao nome da família.

O problema era que os filhos criados em berço de ouro valorizavam a liberdade e não queriam casar nem ter filhos cedo.

Por isso, quem conseguisse ter um neto primeiro, logo ganhava muita honra e prestígio!

Ninguém, porém, esperava que essa primeira glória do círculo recairia justamente sobre Sérgio!

Afinal, o filho dele sempre fora considerado o menos promissor!

Em todos os encontros, sempre que o assunto de continuidade da família vinha à tona, Sérgio ficava com os olhos vermelhos, a cabeça baixa, bebendo sozinho em silêncio.

Sentia-se inferior e desconfortável, desejando poder se esconder debaixo da mesa!

Quando bebia demais, chegava até a chorar, dizendo que não tinha como lidar com Mateus, esse filho rebelde, e que a família Alves estava mesmo fadada a acabar!

No fim, foi justamente esse filho rebelde que, antes de todos, deu um herdeiro para a família!

Enquanto isso, os outros "bons" filhos não davam nenhum sinal!

Já tinham prometido noivar e casar este ano, ter filhos no ano seguinte, e logo o Carnaval estava chegando, mas nada acontecia.

Teotônio, impaciente, virou-se imediatamente procurando seu filho, e ao encontrá-lo, seus olhos ficaram úmidos:

"César..."

O coração de César deu um salto; ao cruzar o olhar com o pai, percebeu que estava perdido.

"Pronto, pronto, pronto, lá vem sermão de novo!"

Da última vez, quando Carlos Belo reconhecera o filho, seu pai ficou morrendo de inveja e chorou com ele por três dias.

Agora, com Mateus reconhecendo um filho, lá vinha tudo de novo...

Não importava quem tivesse um filho, ele sempre acabava sofrendo junto!

"Essa fama de ‘bom filho’ só existe porque você me enganou!"

A cabeça de Álvaro parecia zunir, já sabia que não tinha saída, então virou-se rapidamente, forçando um sorriso para tentar apaziguar o pai:

"Pai, todo mundo está olhando, que vergonha! Me ajuda aí, me poupa dessa!"

Faustino gritou:

"Você promete há três anos e eu nunca vi nem sombra de neto! E ainda quer que eu te poupe?!"

Todos olhavam a cena, e Álvaro ficou ainda mais constrangido.

"Pai, vamos, vamos lá pra sala de descanso lá em cima, preciso te contar um segredo..."

Depois de muito insistir, Álvaro conseguiu levar o pai para o andar superior.

Ao abrir aleatoriamente uma porta, deu de cara com Teotônio e César.

Teotônio estava sentado numa cadeira e disse para César:

"César, ajoelha, o pai vai te pedir um favor."