Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2179

Apesar de demonstrar preocupação, sua atitude continuava indiferente.

Ainda bem que Tânia o compreendia, e seu coração se enchia de calor.

Ela sabia que ele a mandou tomar banho apenas para evitar que pegasse um resfriado, sem nenhuma segunda intenção.

Ela estava completamente encharcada; se não tomasse logo um banho quente e trocasse de roupa, era fácil pegar uma gripe.

Depois de falar, Ivo não esperou Tânia responder e se virou para dentro da casa.

Pegou o celular que estava no sofá, deu uma olhada e foi até a janela observar a rua.

Lá fora, os relâmpagos cortavam o céu e os trovões ecoavam; a chuva não parecia que cessaria tão cedo.

Além disso, a previsão do tempo alertava para a continuidade desse clima atípico, indicando que a tempestade persistiria até a madrugada.

O governo também recomendou que os comerciantes fechassem suas lojas mais cedo e retornassem para casa, e que quem já estivesse em casa evitasse sair, prevenindo possíveis perigos.

Ivo franziu a testa; sair agora para comprar roupas limpas para ela seria inútil, não conseguiria encontrar nada aberto.

Virou-se para olhar Tânia...

Ela acabava de entrar, enrolada na toalha, curiosa, observando o ambiente.

Seus sapatos e meias estavam todos molhados; agora, descalça, usava os chinelos dele, parecendo uma criança brincando com sapatos de adulto.

Isso fazia seus pés parecerem ainda menores.

Por ter ficado tanto tempo debaixo da chuva, seus dedos dos pés estavam enrugados e esbranquiçados.

Ivo franziu novamente a testa.

— Só tem as minhas roupas aqui. Pode usar as minhas, tudo bem para você?

Os olhos de Tânia se arregalaram.— Você... você não se importa?

Ivo devolveu a pergunta.— Você se importa?

Tânia abanou a cabeça rapidamente.— Não me importo! Claro que não me importo! Se você não se importa, está ótimo!

Na verdade, ela só conseguia ficar feliz com isso!

Um imóvel de centenas de metros quadrados, frio, sem nenhum sinal de vida.

No início, ela achou que era como um apartamento decorado para exposição, mas agora percebia que ali era ainda mais impessoal.

Pelo menos nos apartamentos decorados, sempre havia objetos do cotidiano.

Já naquele lugar, não havia nenhum vestígio de que alguém realmente vivesse ali.

Talvez as áreas em que ele passava o tempo ficassem só no andar de cima?

Tânia entrou na cozinha e deu uma olhada; estava impecavelmente limpa, com todos os utensílios no lugar, além de lava-louças e forno de última geração.

Mas dava para ver que quase não tinham sido usados; pareciam novos em folha.

A geladeira, por sua vez, estava cheia, mas não havia comida, só bebidas.

Diferente da maioria das casas brasileiras, onde sempre se encontra verduras e frutas na geladeira, ali só havia água mineral — nenhuma bebida, nem refrigerante, cerveja, leite ou iogurte.

Em resumo: a vida dele era muito simples e solitária.