Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2209

Que angústia, uma angústia sufocante, insuportável!

Angústia tão intensa que ele não conseguia suportar, sentia que ia desmoronar!

Ele cresceu no meio da dor, conhecia muito bem o gosto do sofrimento!

Para ele, a dor já era uma velha conhecida, algo que o havia deixado insensível há muito tempo!

Mas, naquele momento, a dor era tamanha que ele sentiu que não conseguia respirar.

Sua vida nunca foi fácil; desde pequeno, sofreu bastante, experimentou quase toda amargura que a vida pode oferecer. Sempre pensou que, quando os pesadelos o assolavam, era ali que sentia a pior das dores.

Só agora ele entendeu o que significava dor real, aquela que dilacera o coração, pior que a morte!

Tânia era a luz mais quente em seu coração, o amor que ele protegia com todo cuidado.

Como ela poderia morrer?!

Ele não queria que ela morresse, queria vê-la viver, saudável e feliz.

Ele nunca deixou de gostar dela! Nunca deixou de se importar! Nunca a tratou com indiferença!

Ele gostava dela, sim!

Só não tinha coragem de dizer!

Ele tinha medo...

As pessoas diziam que ele era frio, insensível, que seu sangue era gelado.

Não era verdade, seu sangue era quente!

Diziam também que ele não temia nada nem ninguém, que nada neste mundo o assustava.

Errado, ele tinha medo, sim, ele também tinha suas próprias angústias!

A família Macedo parecia mesmo amaldiçoada: os avós morreram tragicamente, os pais também, os pais adotivos idem, toda a família Macedo tinha finais tristes e cruéis.

Nenhuma mulher que se casou com um Macedo teve um destino feliz!

Ele temia que Tânia acabasse sendo arrastada para o mesmo destino, temia que ela tivesse o mesmo fim trágico da avó, da mãe e da mãe adotiva!

Por isso, ele se esforçava tanto para reprimir seus sentimentos, tentando afastá-la.

Será que ele não queria ser feliz?

Será que ele não queria ser amado?

Ele queria, sim!

Mas não se sentia digno disso! Não achava ter esse direito!

Ele realmente gostava dela...

Ivo abraçou Tânia com força, chorando de forma desesperada, tremendo da cabeça aos pés.

Dizem que homem de verdade não chora, mas, diante da dor, nem mesmo o gelado Deus Ivo conseguiu se conter!

Naquele instante, parecia que toda a armadura de gelo havia sido despida.

Não era mais o deus distante e frio do topo da Serra do Mar, e sim apenas mais um rapaz comum.

Por ter perdido o grande amor, sentia-se devastado, impotente, chorando como uma criança...

Do lado de fora do galpão abandonado, a chuva caía forte, como se até o céu lamentasse por eles, como se derramasse lágrimas de tristeza.

Ao olhar para o sangue que escorria, de repente sorriu: "Heh!"

O sorriso veio do fundo do peito!

Sentir dor significava que não estava sonhando!

Significava que Tânia estava viva!

Ivo olhou para Tânia, com uma expressão entre comovida e exaltada. Sem saber o que fazer, tocou o rosto dela, sentiu o seu nariz, e ouviu novamente o batimento do seu coração!

Parecia uma criança empolgada, apontou para o coração de Tânia e disse:

"Está batendo!"

Tânia: "......"

Quando percebeu que ela queria se mexer, Ivo logo a impediu, avisando com todo cuidado:

"Não se mexa ainda, você se machucou? Deixe-me ver."

Tânia balançou a cabeça.

"Não me machuquei. Deixe-me ver seu braço. Você ficou maluco? Por que morder-se desse jeito?"

Vendo a preocupação e o carinho nos olhos dela, Ivo se emocionou outra vez.

Ela estava viva, que alívio!

Ivo inspirou profundamente e disse:

"Meu braço está bem. Se você não se machucou, de quem é esse sangue? Aquele desgraçado do Raulino ousou te sequestrar, como não te machucaria?"