Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2725

Mateus franziu a testa, sentindo-se desconfortável.

Ele também queria aquele pequeno, mas realmente não tinha coragem de deixar Helena correr riscos.

O que aconteceu quando Helena deu à luz Ricardo, ele jamais esqueceria!

A mão de Mateus deslizou da barriga de Helena para o rosto dela, acariciando-a com ternura. Ele queria tentar convencê-la novamente, mas então viu que ela estava chorando.

Mateus entrou em pânico imediatamente!

"Helena..."

Helena estava deitada na cama olhando para ele, as lágrimas rolando silenciosamente pelo rosto.

Mateus rapidamente engoliu as palavras que estavam prestes a sair de sua boca, subiu na cama para abraçá-la e consolá-la,

"Não chore, não chore, me deixe pensar um pouco mais."

Helena se aninhou em seus braços, a voz embargada,

"Eu não quero abrir mão dele, eu quero tê-lo, buá buá..."

Mateus franziu a testa com força e acariciou levemente o cabelo dela,

"Eu sei, eu entendo."

Ele sabia e entendia, mas não tinha coragem de prometer que deixaria ela ter o bebê...

Depois de acalmar Helena até ela adormecer, Mateus levantou-se cuidadosamente, cobriu-a bem e saiu de mansinho para a varanda.

Ficou ali sozinho, fumando por um bom tempo, antes de pegar o celular e ligar para Carlos.

Carlos e Carolina ainda estavam dormindo, e o telefonema acordou os dois.

Carolina estava aninhada nos braços de Carlos, sem nem abrir os olhos,

"Quem é?"

Carlos, com um braço envolvendo-a, esticou o outro para pegar o celular no criado-mudo.

"É o Mateus."

Carolina, meio dormindo, meio acordada, "Que horas são?"

"Nem são seis ainda, pode continuar dormindo, vou ver o que ele quer comigo."

Carlos falou isso, beijou a testa de Carolina e foi ao banheiro atender.

Assim que atendeu, perguntou: "O que foi?"

Não era possível que Mateus ligasse tão cedo sem motivo.

A voz de Mateus estava pesada: "Preciso falar com a Carolina."

Carlos: "...Precisa dela pra quê?"

Mateus disse: "A Helena está grávida."

Carlos se surpreendeu, ficou alguns segundos em silêncio antes de perguntar,

"Quando isso aconteceu? Nunca ouvi a Carolina comentar."

A voz de Mateus estava grave: "Descobrimos ontem à noite, tem pouco mais de um mês."

Pelo tom dele, Carlos já entendeu boa parte da situação.

"A Helena quer ter o bebê?"

"Uhum."

"...Eu achei que ela estava bem agora."

Na voz de Mateus havia muita inquietação,

"Por enquanto está tudo bem, mas eu estou preocupado com o que pode acontecer depois."

Carolina se acalmou um pouco e perguntou de novo,

"A gente conversa todo dia no grupo, ela nunca comentou sobre uma segunda gravidez, ontem mesmo, quando nos vimos, ela não disse nada."

Mateus explicou novamente, "Só descobrimos ontem à noite."

Carolina se sentiu culpada,

"Ontem, quando nos vimos, ela disse que estava com o estômago ruim e não podia beber, eu quis checar o pulso dela, mas ela disse que era por ter comido muito da almôndega da tia Carvalho, então não liguei. Se soubesse, teria examinado direito."

"Se soubesse que estava grávida, já teria passado um remédio pra aliviar o enjoo."

Mateus disse:

"A gente sempre se cuidou, ela também não esperava engravidar, já fomos ao hospital ontem à noite, por enquanto está tudo certo, só queria saber... esse bebê pode ficar? O risco de levar a gestação adiante é muito alto? Pode acontecer o mesmo que aconteceu com o Ricardo?"

Carolina: "..." Ela também não sabia exatamente como responder.

Depois de um tempo em silêncio, ela disse,

"Risco sempre existe, mesmo para mulheres saudáveis. Ainda mais no caso da Helena, que tem uma condição especial e não pode passar por uma cesariana de emergência."

"Mas, para a situação da Helena, o risco é ainda maior!"

"A cesariana é um procedimento de emergência para quando o parto normal não dá certo, para garantir a segurança da mãe e do bebê."

"É como se fosse um caminho de salvação para a mãe, se o parto normal não funcionar, faz a cesárea."

"Mas a condição da Helena não permite cesárea, então, ela perde essa alternativa de emergência. Se não conseguir ter o bebê normalmente, pode ser muito perigoso."

Mateus franziu a testa, em silêncio, "..."

Carolina continuou:

"Quanto a ser igual ao caso do Ricardo, não posso garantir. É uma questão de probabilidade."

"Se der sorte, pode ser que tudo corra bem. Se não, pode acontecer o mesmo que aconteceu quando ela teve o Ricardo."