Oops! O Ex é o Pai dos Quatrigêmeos! romance Capítulo 2771

Nathan também estava confuso. "Dinara é uma garota?!"

A enfermeira, perplexa com a reação dos dois, respondeu: "Sim... é. Algum problema?"

Nathan olhou para Bruno, respirou fundo e acenou para a enfermeira.

"Não é nada, pode voltar ao seu trabalho."

"Ah." A enfermeira assentiu e saiu.

Nathan então se virou para Bruno e perguntou: "Como Dinara pode ser uma garota?"

Bruno não respondeu. Ele estava completamente atordoado, como se sua alma tivesse deixado o corpo.

Nathan esperou um pouco. Vendo que ele não ia responder, desistiu de falar com ele, virou-se, afastou-se e ligou para Carlos.

"Carlos, como assim Dinara é uma garota? O que está acontecendo?"

Carlos perguntou do outro lado: "Ela está bem?"

Nathan respondeu: "Está bem, sem ferimentos, só foi um sonífero comum. Duas bolsas de soro e ela ficará boa. Mas ela é uma garota! Ela é mesmo uma garota!"

"..."

Vinte minutos depois, Dinara foi retirada da sala de exames por uma enfermeira.

Ela ainda estava inconsciente, com um soro intravenoso na mão.

Bruno voltou a si e se aproximou rapidamente.

A enfermeira disse: "Vamos levá-la para o quarto. Se não houver complicações, ela deve acordar esta noite. A hora exata dependerá de sua própria condição."

Bruno olhou fixamente para Dinara e assentiu. "Obrigado pelo trabalho."

Ele e a enfermeira levaram Dinara para o quarto. Depois de dar mais algumas instruções, a enfermeira saiu.

No quarto, restavam apenas Bruno e Dinara.

Bruno sentou-se ao lado da cama, olhando para Dinara com incredulidade e inquietação.

Ele tinha um desejo imenso de levantar o cobertor, desabotoar as roupas de Dinara e ver com seus próprios olhos como ela poderia ser uma garota!

Mas ele não conseguia cometer um ato tão vulgar.

Então, ele apenas ficou ali, encarando o rosto adormecido de Dinara. Olhava de frente, de lado, da esquerda, da direita... sem querer piscar!

Era uma garota!

Ela era mesmo uma garota!

As palavras que Ledo lhe dissera no final do mês passado, antes de ir para a escola, ecoaram em sua mente:

"Tio Bruno, você nunca pensou que ele pudesse ser uma garota?"

Ledo ter perguntado isso significava que ele sabia da situação.

Ledo sabia que Dinara era uma garota!

Se Ledo sabia, Carlos e Carolina Paz certamente também sabiam.

E Ivo...

Sete anos atrás, na primeira noite em que ele trouxe Dinara para a Cidade do Pão de Açúcar, ela se recusou a ficar em sua casa.

Naquela noite, sem ter onde mais acomodá-la, ele a levou para a casa de Ivo.

Em consideração ao pai de Dinara, Ivo concordou em deixá-la ficar por uma noite. Mas, ao vê-la, ele mudou de ideia imediatamente!

Meu Deus, como ele podia ser tão estúpido!

Pensando em todas as coisas idiotas que fez desde que conheceu Dinara, Bruno sentiu vontade de se esbofetear.

O que ele tinha feito?

Puxou Dinara para tomar banho junto, para ir ao banheiro junto, para dormir junto... e quando ela recusou, ele ainda a chamou de fresca.

Ele até urinou na frente dela...

Não era de se admirar que, daquela vez, Dinara o tivesse soltado de repente, fazendo-o cair em uma vala e quebrar a perna. Era bem merecido!

Foi sorte que Dinara era paciente. Se os papéis se invertessem, ele a teria espancado!

Os pequenos momentos que ele e Dinara compartilharam ao longo dos anos passavam como um filme em sua mente.

Bruno ora franzia os lábios, ora revirava os olhos.

Ele não precisava que ninguém o criticasse; ele mesmo se sentia pateticamente tolo!

Se soubesse que Dinara era uma garota, ele certamente não teria feito aquelas coisas estúpidas.

E ele não teria se preocupado com a questão da homossexualidade, não teria demorado tanto para se declarar a ela por causa disso!

Talvez ele e Dinara já estivessem juntos há muito tempo!

Em vez de viverem sob o mesmo teto, gostando um do outro, mas ainda não estando juntos!

Ele podia entender por que Ivo e os outros não lhe contaram secretamente. Era a privacidade de Dinara, um assunto sério para ela.

Falar sobre isso pelas costas seria um desrespeito a ela.