Os Desamados são os Terceiros romance Capítulo 42

Ela não era muito orgulhosa, levantou-se do sofá macio para servir a Augusto um copo de água morna e sentou-se ao lado da cama de bambu para entregá-lo, dizendo suavemente: "Você dormiu por duas horas, agora já são quase quatro horas."

"Você está com pressa? Tem um compromisso?"

Augusto pegou o copo de água e o colocou no criado-mudo ao lado. Em seguida, Raíssa foi pressionada em seus braços, pressionada contra ele através de um fino casaco de caxemira.

Seu corpo estava firme e quente, Raíssa desconfortavelmente protestou: "Me solte."

Augusto não estava disposto a soltá-la.

Ele roçou sua orelha e sussurrou com uma voz rouca e sensual, típica de quem bebeu: "E a nossa situação, já pensou a respeito? Hein?"

Raíssa não queria falar sobre o assunto, mas Augusto a pressionou.

Ele continuou a beijá-la, seu rosto corou levemente e ele parecia irresistivelmente atraente enquanto acariciava sua cintura delicada, exigindo que ela desse uma resposta naquele momento.

Raíssa tinha medo de suas intenções.

Ela se viu forçada a se deitar de costas contra o ombro dele, perto de seu corpo.

Ela sabia que não conseguia retribuir o favor que Bianor lhe fez, só lhe restava voltar para Augusto, mas daqui para frente, ela só falaria com Augusto sobre dinheiro, sem envolver questões de amor ou relacionamento.

Raíssa finalmente falou, sua voz estava trêmula e baixa: "Posso cooperar com você Projeto de Bela, mas não voltarei para o Grupo Honorário. Além disso, peço para manter meu espaço privado, quando quiser morar fora, vou morar fora, e você, Augusto, não pode me forçar a ter uma vida de sexo."

Ela também exigiu retirar cinco milhões em dinheiro da conta conjunta para investir em negócios.

Augusto concordou, mas ainda acrescentou: "Pelo menos uma vez por semana, muito tempo sem uma mulher pode levar um homem ao hospital."

Raíssa sorriu um pouco, percebendo que, sem amor, não parecia doer falar sobre isso com Augusto, e ela até conseguiu flertar suavemente com o marido: "Célia não te satisfaz?"

Augusto segurou o pescoço dela e a beijou intensamente, com a voz embargada, "Eu não dormi com ela".

Raíssa ainda estava sorrindo levemente.

Um casamento chegando a este ponto, quem se importaria?

Ela correspondeu ao beijo de Augusto, com um olhar sedutor: "Então é verdadeiro amor. Augusto, você é realmente de dar inveja."

Augusto parou de beijá-la e olhou para ela, seus olhos escuros se moviam vagamente.

......

Ao entardecer.

Um carro preto passava lentamente pela poeira e parava em frente ao prédio do hospital.

Raíssa desafivelou o cinto de segurança, dizendo suavemente: "Vou entrar para dar uma olhada, saio em dez minutos."

Raíssa provou um pouco e achou-a refrescantemente doce e deliciosa. Ela ergueu os olhos para olhar para a tia e disse baixinho: "É realmente uma delícia, uma pena que não possa ser apreciado todos os dias."

A tia entendeu o que ela queria dizer: Srta. Lopes estava prestes a retornar à família Monteiro, e, por enquanto, parecia improvável que ela se divorciasse.

Raíssa ficou sentada por um momento antes de se levantar para ir embora.

Ela estava caminhando por um corredor estreito, através de uma vidraça, e era crepúsculo lá fora, e pareceu-lhe que alguém estava chamando em seu ouvido: "Raíssa."

Ela olhou na direção da voz e viu Ignácio parado ao lado da janela, observando-a silenciosamente.

Desde aquele discurso no aniversário, eles não haviam se encontrado novamente, e agora Raíssa estava ainda mais incerta sobre como enfrentar Ignácio...

Após uma longa pausa, ela continuou andando.

Ela passou por ele sem dizer uma palavra, apenas caminhando lentamente, esbarrando em Ignácio pelo caminho.

Ignácio não a deteve; ele a observou descer as escadas, silenciosamente observando-a voltar para o lado de Augusto...

Augusto desceu do carro e abraçou Raíssa com delicadeza.

O beijo que se seguiu foi a manifestação do desejo de posse de um homem.