Os Desamados são os Terceiros romance Capítulo 44

Fazia muito tempo que Raíssa não o abraçava.

O homem abaixou as pálpebras, seus longos e densos cílios tocaram suas magras bochechas, tremendo levemente, com um indescritível significado masculino.

Meia hora depois, o carro de Augusto parou em frente a um luxuoso edifício residencial.

Célia acabou se mudando daquela mansão, sendo acomodada neste apartamento de 260 metros quadrados. Ela passava os dias sem fazer nada de produtivo, apenas marcando presença no Grupo Honorário, seguido de sessões de beleza e compras, um verdadeiro estereótipo de vida de amante.

Bruna estava esperando.

Quando o carro de Augusto parou, ela abriu a porta para o chefe. Augusto saiu do carro e franziu a testa: “O que ela aprontou desta vez?”

Bruna sorriu sem jeito: “O Sr. Príncipe se recusa a atender suas ligações, ela então se abstém de comer e beber, além de destruir coisas pela casa. Até mesmo o Sr. e a Sra. Neves não sabem mais o que fazer com ela.”

Augusto parou por um momento: “E os médicos, não podem fazer nada? Aplicar uma injeção nutricional, ou talvez alimentá-la à força?”

A mente de Bruna se distraiu.

Ela acompanhava o Sr. Príncipe há anos, mas ainda não conseguia entender o que o Sr. Príncipe queria com Célia.

Ele não parecia gostar muito dela.

Mas por que ele continuava a mimá-la?

Contudo, ela estava ali a serviço e não ousava questionar além do necessário.

Enquanto conversavam, ambos entraram no apartamento onde Célia residia. O casal Sávio também estava lá, tentando convencer a filha a não exagerar e não acabar irritando Augusto.

Quando a porta do apartamento se abriu e Augusto entrou,

Assim que Célia o viu, ela se aproximou como um pássaro que volta ao ninho, querendo se aninhar nos braços do homem. ......

Augusto a evitou.

O homem se sentou no sofá, alisando as pernas de suas calças impecáveis, com uma voz fria e distante: “Tínhamos um acordo inicial, eu te proporcionaria uma vida material confortável, e você estaria disposta a fornecer... Por que está renegando agora?”

O rosto de Célia estava pálido.

Ela olhava para o distinto homem, tremendo os lábios enquanto falava baixinho: “Ela voltou para aquela casa, não foi?”

“Sim.”