OS FILHOS DO SHEIK (completo) romance Capítulo 67

Nathalia

Pelo que eu tinha lido naquele papel eu teria escolha, até mesmo uma clausula que continha sigilo absoluto sobre tudo do contrato tinha, ele pensou em tudo, tudo mesmo. Eu estou a mercê dele, e estou me odiando por isso, de como fui burra de ter caído nesta merda toda.

Coloco minha roupa e o sol do deserto já esta castigando, mesmo ainda sendo de manhã. Ele está me esperando próximo de um carro quatro por quatro, propicio para dirigir no deserto. Entro no carro e nem falo com ele e ele vem logo atrás. Enzo segue com um outro carro, atrás de nós. Permaneço calada até entrarmos no palácio e ele me diz antes de destravar as portas.

- Nós sairemos em uma hora esteja pronta – eu não disse nada e permaneço com a cara fechada, então ele segura no meu braço – Nathalia, você entendeu que vamos sair daqui uma hora, e que você é proibida de falar sobre o contrato com qualquer pessoa – eu não digo nada e ele aperta o meu braço.

- Eu entendi seu troglodita.

- Que bom.

Eu saio do carro e vou direto para o meu quarto encontro mamãe e tia Helena na área da piscina elas acenam para mim, mas eu sigo em frente. O que me resta é arrumar algumas roupas na mala, infelizmente eu terei que ir com ele. Eu sei que o Esam pode devolver a Lindiane no clube, e também sei que ele não faria isso, ou faria? Talvez seja a ultima cartada dele para me fazer ficar com ele, e desde quando o vi mandando matar aquele homem naquele clube eu não duvido de nada dele, pois eu nunca imaginei que ele pudesse mandar matar alguém.

Vou me despedir de Fátima e das crianças, ela é tão carinhosa comigo, queria poder passar alguns momentos a mais com eles e conhecê-los melhor, mas sou privada disso pelo meu esposo, mas eles vão ser bem tratados, Fátima já tem um emprego na Usina e Lindiane vai terminar os estudos e as crianças estudar na escola junto com as crinças do Lar das Estrelinhas e fico tranqüila por eles estarem bem. Sempre sonhei me casar com Esam, mas a forma que ele concretizou meu sonho foi ridículo. Eu preciso consultar um advogado para me tirar dessa teia de aranha que ele formou sobre mim.

Despeço-me de todos e digo que resolvi passar uns dias em Nova York com Esam e vou aproveitar a carona, nem todos acreditam, mas não dizem nada. Minha tia Helena diz que eu posso ficar no apartamento deles, eu olho para Esam e o mesmo fecha a cara para que eu nem cogite a idéia, sei que ficar na mesma casa que ele vai ser terrível.

Mia e Enzo esta com a gente no avião cada um perdido em seu pensamento, e Esam trabalhando num notebook como um doido, as vezes o observo, pois ele esta sentado em minha frente, a viagem é longa e eu estava muito cansada, pois passei a noite com esse mal caráter, e adormeço no vôo.

Quando acordo estou nos braços dele no elevador, com rosto encostado no peito dele sentindo seu perfume, ele sorri para mim e eu acabo não dizendo nada. Estamos no apartamento dele, pelo que consigo perceber, ele vai em direção ao quarto e me coloca na cama, eu me aconchego ali, estou cansada de brigar, por hoje só quero paz. Quando acordo ele esta deitado ao meu lado com o computador no colo e esta usando óculos, meu Deus como ele fica lindo de óculos, ele me olha e sorri, mas continua lendo eu me mexo e quero me levantar.

- Aonde você vai?

- Ao banheiro Esam, preciso de um banho e usar o banheiro posso?

- Pode – ele tira rapidamente o computador do colo e faz carinho no meu rosto – Desculpe-me e que não quero te perder.

- Eu vou ir ao banheiro – me levanto.

- Nathalia – eu olho para trás – Um dia você vai querer ficar comigo?

- Eu sempre quis você, você que fugiu de mim.

E fecho a porta do banheiro com o coração na mão, estou confusa, pois ele me confunde. Em um momento é um homem maravilhoso e em outro é duro e frio, não consigo entendê-lo. Tomo um banho demorado, e quando saio ele não esta mais lá, troco de roupa e o procuro pelo apartamento e ele não está. E os dias que seguiram continuaram assim, me mudei para o quarto de hospedes, trabalhava em casa já que eu não podia sair. E assim o tempo foi passando e nós dois convivendo assim. Alguns dias eu sabia que ele nem vinha para casa Nos encontramos em uma manhã depois de um mês e meio nessa rotina de não nos ver e ele estava abatido, com a barba por fazer e o cabelo comprido. Ele só me disse bom dia e entrou para o quarto, não dormiu em casa e chegou pela manhã para se trocar. Enzo não dizia nada sobre ele, Mia veio me visitar por duas vezes e estamos criando um vinculo e eu estou feliz por isso, nos falamos todo dia pelo telefone através de mensagem, mas quando o assunto é Esam ela se nega a falar qualquer coisa. Até hoje á noite, quando estou tentando engolir o jantar, Enzo me avisa que ela esta subindo.

- Oi Mia, que bom te ver – ela entrou e não estava com a cara boa – Aconteceu alguma coisa?

- Eu quero que tire esse pijama e venha comigo.

- Eu não posso sair Mia, seu patrão não deixa – e me sento no sofá.

- Vá se trocar, por favor – ela segura meu braço e força para que eu me levante – É uma ordem.

- Tá bom, mas depois se Esam não gostar eu vou dizer que foi você hein Mia.

- Vá logo garota.

Eu coloquei um jeans, camiseta, casaco e tênis não estava afim de me arrumar, e segui até a sala onde Mia e Enzo estavam discutindo. Parei e fiquei ouvindo os dois até me enxergarem ali.

- Estou pronta.

- Ela não pode sair e você sabe – Enzo diz.

- Enzo para de encher – ela pega em minha mão e sai andando – Eu quero que veja uma coisa.

- Mia sabe que não posso ficar andando por ai, você deve saber o por quê.

Entramos em um taxi e como sempre ela fica calada até o local que o motorista nos leva, um galpão abandonado. O motorista até questiona se vamos realmente ficar ali e sozinhas. E depois que ela confirma ele sai cantando pneus.

- Eu so queria saber o que estamos fazendo aqui?

Ela anda até o galpão, e eu a acompanho estou com medo daquele lugar, ou de alguém que possa aparecer ali. Ela vai até uma parede e nela existe um pequeno buraco e ela coloca o dedo lá dentro, eu a acho uma maluca, mas uma porta se abre e ela me puxa para dentro e ficamos em um tipo que quartinho e ela olha para em uma câmera e uma outra porta é aberta, claro estamos no SEX, o leão esta em todo lugar. Ela pega uma máscara e me entrega.

- O que estou fazendo aqui - andamos pelo corredor e ela não abre a boca para falar de mais nada, chegamos na porta dourada com o tal leão.

- O que estamos fazendo aqui Mia?

- Você vai ver – ela abriu a porta.

E lá estava o homem que sempre foi seguro de si, imponente e que sabia o que estava fazendo, deitado em um sofá, varias garrafas jogadas ao lado, a barba e o cabelo estavam enormes, nem parecia o Esam que eu conhecia.

- Que cheiro é esse? – estava um mal cheiro.

- É dele, a dias não toma banho, fica só jogado nessa e não trabalha mais, Emhre tomou conta das empresas para que Rajj não saiba das merdas que ele – ela apontou para ele – Andou fazendo e eu e Cam que esta cheio de problemas estamos administrando o SEX enquanto ele bebe o dia todo.

- Eu não sabia que ele estava assim, ele não aparece mais em casa.

- Ele está assim por você, disse que não merece você e que é um otário, mas que não pode deixar você ir embora porque ele te ama demais, e não consegue viver sem você.

- Eu também o amo, só não concordo com o que ele faz.

- Minha irmã, você me aceitou trabalhando em um clube de sexo e sendo assassina assim como ele, muitas vezes eu também mando puxar o gatilho ou mesma puxo – ela se aproxima e segura minha mão – Esam é uma ótima pessoa, e nos só chegamos a matar alguém quando essa pessoa faz ou fez muito mal as pessoas.

- Mas é tirar a vida de alguém, eu – olho para ele lá jogado naquele sofá.

- Todos temos defeitos, se você o ama faça-o levantar daí e tomar banho porque o cheiro dele está impregnando tudo, mas se não for capaz de perdoá-lo vá embora e diga que não o quer mais, e ele te deixará ir.

- Tem banheiro aqui – ela apontou – Me ajude a levá-lo até lá.

O levamos e coloquei na banheira tirei a roupa ele estava mais magro, pedi que jogasse fora aquela roupa de tão fedida. Ele resmungou da água e acordou, mas não disse nada ficou me olhando fixamente enquanto eu o ensaboava. O vesti e o levei para o apartamento, ele ainda estava bêbado e pediu que eu não o deixasse, era a única coisa que ele pronunciava.

Nos deitamos na cama e lá fiquei com ele até ele adormecer, o olhava e só conseguia pensar no minha mãe e minha irmã falavam para mim, que todos temos defeitos e que os dele era um pouco maior que os meus.

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