Resumo de Capítulo 75 – Capítulo essencial de OS FILHOS DO SHEIK (completo) por JL Oliveira
O capítulo Capítulo 75 é um dos momentos mais intensos da obra OS FILHOS DO SHEIK (completo), escrita por JL Oliveira. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Cam
Ao abrir a porta da passagem secreta, eu a vi lá deitada na cama chorando, e cortou meu coração saber que tinha magoado a garota que eu amava. Um momento de diversão e envolvimento com a Daniele tinha destruído toda minha vida.
Quando a porta rangeu ao abri-la ela olhou assustada, ela estava sem os óculos e com olhos molhados e vermelhos, ao redor dos olhos inchados e toda descabelada, eu estava me sentindo o pior homem do mundo e talvez era isso mesmo que eu era.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu vim te ver.
- Você veio esfregar na minha cara o quanto eu fui ingênua? Idiota? Otária? Por acreditar em você – ela riu – Já sei, Cam, - ela apontou para mim – Você veio ver como seus próprios olhos e rir de mim, não foi.
- Não é nada disso, Nádia – eu entrei no quarto de vez.
- Não se aproxime de mim – ela estendeu a mão, mantendo uma distância – Ou vou gritar e você será proibido de pisar aqui novamente.
- Eu não vou me aproximar, eu prometo – ela chorava e engolia a seco – Eu vim me desculpar com você.
- Não quero suas mentiras, Cam – ela chorava – Vai dizer o que eu fui uma otária que acreditei em você, que me entreguei a você – ela dela mesma – E você noivo de outra, eu recebi o seu convite hoje cedo, o meu veio com um carinho especial da noiva.
- O que ela fez.
- O que ela fez? – ela soluçava – Eu nem sabia que ela sabia de nós.
- Estava enganando ela também – ela estava agressiva com as palavras – Eu deveria saber, por Alá – ela gritou - Como fui burra de me entregar a um cafajeste como você, e essa moça você está enganando ela também como fez comigo ou vocês dão risada das idiotas que você engana e ela aceita suas saídas.
- Não é nada disso, Nádia – eu tento me aproximar e ela foge de mim com a respiração ofegante – Eu estive em Galil há dois meses atrás com meus pais.
- Vai me contar a história de amor de vocês?
- Me escuta Nádia, por favor eu te peço, depois eu vou embora.
- A última vez que escuto sua voz e peço que quando me encontrar em algum lugar, você se retire imediatamente – ela me olhou com os olhos vermelhos de chorar e mágoa – Temos um trato assim? – ela limpou o rosto com as costas da mãos e tomou uma postura diferente que eu já tinha visto dela - Sei que nossas famílias são amigas e não quero trazer à tona o que aconteceu com nós dois, somente Emhre sabe e ele vai guardar segredo.
- Eu sei, ele já me deu um soco.
- Deveria ter feito mais – eu concordo – Eu escuto a sua mentira, a história para boi dormir que você irá me contar, mas depois eu quero que vá embora e como já disse que não dirija a palavra a mim nunca mais.
- Eu concordo, e falo com você de todo o meu coração – e assim comecei a contar sobre Daniele – Quando nos beijamos lá no jardim de mamãe, eu sabia que você era a mulher que eu queria para minha vida e ia fazer de tudo para te ter – ela riu – Mas quando fomos para Galil, Daniele se aproximou de mim e conversamos, eu juro que não tinha intenção de ter nada com ela, até pensei em você quando ela me disse das viagens que fez.
- Para não precisa mentir para mim.
- Me deixe terminar, estou sendo sincero com você Nádia, eu pensei em você nas viagens que pretendia fazer com você – eu estava envergonhado – Mas acabei me envolvendo com a Daniele, ela foi simpática e gentil, me beijou e ...
- Poupe-me dos detalhes, por favor.
- E quando acordei naquele dia que passamos a noite juntos, meu pai me esperava e disse que tinha um assunto urgente para tratar e precisávamos voltar urgente para Dulbaí e quando chegamos lá o secretário da rainha já nos esperava, e fomos convidados a ir para Galil e quando chegamos eu soube da gravidez da Daniele e eu não posso deixar meu filho sozinho tenho minha responsabilidade com ele que é um bebezinho que não tem culpa do pai que tem.
- Já terminou a sua história – ela riu – Quer que eu chore? Ou lhe dê os parabéns? – ela estava com a respiração ofegante – Na verdade Cam, eu quero que você saía daqui e cumpra o combinado.
Nádia
Ele foi saindo pela porta, eu queria que ele fosse embora e nunca mais vê-lo.
- Nádia, eu – ele parou – Eu te peço perdão, de todo meu coração nunca vou deixar de te amar – eu engulo seco e fecho os olhos – Me perdoe, estou te deixando por causa do meu filho, se não fosse pelo meu filho eu não te deixaria nunca.
- Sim isso foi um tempo antes de conhecer seu pai – ela passa a mão nos meus cabelos – Eu quero que você aprenda uma coisa, nos vamos encontrar tantos obstáculos na vida, e muitas vezes vamos achar que não terá solução para aquele problema que esta na nossa frente, mas muitas vezes olhamos apenas porá um lado, nos focamos na nossa dor e no que nos causou aquilo que estamos sentindo e esquecemos de olhar para os lados, olhar para outras alternativas que você tem – não entendo bem o que ela quer dizer – Você pode ficar aqui, deitada nesta cama, depressiva e chorar pelo resto da vida por ter entregado seu coração a um homem que se envolveu em um problema e teve que deixá-la ou você pode chorar hoje o dia e a noite toda, mas amanhã estar naquela mesa de café da manhã sentada ao lado da sua família que te ama e dizer ao seu pai que vai fazer faculdade em qualquer lugar do mundo, que vai aproveitar e estudar cada dia e se tornar a melhor advogada que esse mundo já viu e um dia quando encontrar o Cam em algum lugar ele olhar para você e pensar no intimo dele: Que mulher eu perdi.
- Mãe você é sensacional.
- Eu sei minha filha, eu sei – ela sorriu – Eu pude fazer isso com o Carlos, quando me casei com um Sheik eu andei pela cidade com seu pai, para o meu ego não nego – ela sorriu como uma vitoriosa – Passei por ela, que me humilhou e todos sabiam menos eu e mostrei a ele que eu venci sem ele, e não por que seu pai é podre de rico, mas para mostrar que eu era uma mulher foda e ele perdeu essa mulher por que não conseguiu segurar o peruzinho dele dentro das calças.
No fim das contas eu estava rindo. Minha mãe era uma peça.
- Tire uma lição de vida desse sofrimento de hoje e não deposite todas as suas fichas, somente se valer a pena, não invente uma pessoa que não existe, não se apaixone por uma pessoa que você inventou em sua cabeça.
Um trecho de uma música da Marília Mendonça:
Ninguém entende o que eu tô passando
Quem é você, que eu não conheço mais?
Me apaixonei pelo que eu inventei de você.
Como ela dizia na música, não se apaixone por alguém que você inventa na sua cabeça, que muitas vezes você tenha que mentir para esconder alguma atitude dessa pessoa. Olha para além do horizonte e se pergunte será que ele me merece?
Muitas vezes estamos nos enganando, maquiando alguém que não existe. Então veja se vale a pena. E se não valer a pena? O único que pode fazer alguma coisa é você, procure sua outra alternativa.
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