Nádia
O clube é realmente fantástico, cada ala que você conhece é diferente para quem gosta desse tipo de diversão é o melhor parque. Nathalia não comentou nada sobre Cam e nem eu disse nada também, ela me mostrou cada pedacinho e me explicou que eu deveria manter distancia de homens e não flertar com eles, pois muitos homens ali eram de máfias do mundo todo.
- Tome cuidado, não olhe muito para eles para não interpretem errado – ela olhou discretamente o celular – Esam pediu que nós voltássemos lá para cima.
- Diga a Esam que eu não vou voltar e que abri minha temporada no parque de diversões dele agora.
- Só tome cuidado, qualquer coisa vá até um dos seguranças caso sinta-se ameaçada.
- Eu não preciso de segurança Nathi, quero ganhar uns dólares hoje fique tranqüila que vou jogar.
- É lá que muitas máfias se encontram para tratar de negócios.
- Eu só vou jogar Nathi fica tranqüila.
Ela sai e vai lá ficar com meu irmão que morre de ciúmes dela, e eu vim para me divertir, mesmo sabendo que Cam está lá em cima provavelmente me observando. Hoje ele me abala, mas não como antes consigo muito bem disfarçar e me segurar para não surtar, mas não quero falar sobre ele, quero me divertir e quero que ele veja.
Nathi me mostrou tudo sobre o clube a que menos gostei foi a da comida, achei desnecessário principalmente quando deixam a cortina aberta, vi uma cena que vai me deixar enojada por alguns dias, chego a tremer. Resolvo ir jogar, há tempos não jogo para valer.
A ala de jogos esta lotada essa noite, muitos homens e mulheres bem vestidas. Mesas com homens de terno e algumas salas de vidros, provavelmente ali homens da máfia faziam suas apostas e seus negócios. Eu me sentei no bar e observei. Homens do mundo do crime. Passando os olhos nas várias salas ali, um deles me chamou a atenção, o pescoço dele na verdade.
O que ele estava fazendo ali? Um garçom que tinha me ajudado, se não me engano na Rússia ou na Espanha há um tempo atrás. Eu me lembrava dele, mesmo aquele dia eu estando um pouco alterada. Ele me levou para o quarto e não me lembro o que aconteceu, mas sabe uma pessoa intrigante e que você queria conhecer novamente.
- O que ele está fazendo aqui? – eu me lembro bem dele, eu estava muito bêbada mas me lembro dele – A tatuagem.
A tatuagem dele no pescoço era algo que não se esquecia, os olhos dele dentro da máscara olhavam atentos e eram rápidos, eles iam das cartas aos oponentes em fração de segundos. A Boca se mexia às vezes tentava ler os lábios dele, mas não consegui. Ele não era um homem forte, magro, alto e charmoso. Peguei minha taça de gin e me sentei de frente a ele numa mesa de apostas qualquer.
Eu estava sem meus óculos, optei por lentes para não ser reconhecida, meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e com um vestido colado ao meu corpo. Ele usava um blazer e uma camisa branca aberta onde podia o grande pássaro desenhado que dava um ar de temeridade. Os que se fechavam um pouco quando prestava atenção em alguém. O cabelo dele era cortado bem baixo e quase raspado. Não era bonito como Cam ou como meus irmãos, mas ele tinha um charme natural e a boca carnuda dele.
– A senhorita vai apostar? – o homem da mesa me diz enquanto eu olhava para o rapaz.
- Sim, no treze vermelho – e entreguei umas fixas.
O homem continuou falando sobre o jogo e eu observando o cara da Tatuagem.
- Parabéns a Senhorita ganhou – alguém me deu parabéns.
- Ah, eu ganhei? – ele me mostra a quantidade de fichas que ganhei, bato palmas – Eu ganhei – As pessoas me parabenizam pois ganhei uma quantia alta.
E então me concentrei no jogo e pedi 17 preto e acreditem, eu ganhei novamente. Eu sorri e realmente fiquei feliz por tirar dinheiro do meu irmão, e as pessoas ali vem perto de mim e me dizem que tenho sorte e se forma um burburinho total na mesa da roleta onde eu estava. Ele olha para onde eu estou, uma senhora de uns cinqüenta anos conversa comigo, e nossos olhos se encontram, eu faço a melhor cara sexy que já fiz na vida e dou um meio sorriso.
Consegui chamar a atenção dele que agora me observa e as pessoas comentam da minha sorte e eu sorrio. E ele me observa de lá da sala de vidro. O rapaz da mesa de apostas me dá um papel para receber o valor e não precisar ficar andando com as fichas. Eu me despeço de todos e saio da ala de jogos. Vejo que ele se levanta da mesa onde ele esta, mas eu vou para uma ala que eu estava muito curiosa para conhecer. E se o tatuado quiser me ver ele virá atrás de mim.
A ala do swing é totalmente diferente, já estive em algumas casas de swing, mas nada se compara com aqui. Como uma balada comum, pessoas e casais dançam e conversam. Mas o que chama a atenção é a tal Gaiola de Vidro, para quem gosta de observar o ato em si. Foi uma ideia genial com toda certeza, dizem que é o espetáculo da casa.
Segunda Nathalia é escolhido algum casal ou trisal e eles entram lá e botam para quebrar, segundo ela. Que Esam e ela já utilizaram, e que no momento do ato ela nem se deu conta que as pessoas observavam, mas quando as palmas e assobios a tiraram do êxtase que ela estava a vergonha também apareceu e ela saiu correndo.
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