Os Gêmeos Desconhecidos: As Escolhas De Uma Mãe romance Capítulo 1572

"Por favor, desça do carro."

"Não, não, não, alguém quer me matar, eu não vou descer."

Doutor Lima acabara de ver claramente, se a primeira colisão fora um acidente, as subsequentes deixavam claro que aquele carro estava perseguindo o dele.

O motorista do outro carro tinha um objetivo muito claro: tirar-lhe a vida.

"Fique tranquilo, aqui ninguém poderá tocar em você, desça do carro." Astrid abriu a porta para ele pessoalmente.

Doutor Lima encolheu-se para dentro do carro.

Astrid não tinha muita paciência para continuar perdendo tempo com ele ali.

"Doutor Lima, por favor, desça do carro imediatamente, ou vou ter que chamar alguém para te puxar para fora."

"Lá fora é perigoso."

"Se realmente há perigo, não importa se você está sentado no carro, escondido em casa, ou até mesmo no fim do mundo, será encontrado. Não há como fugir ou se esconder."

Astrid deu-lhe um ou dois minutos para reagir, e ele finalmente desceu do carro, com os ombros encolhidos, olhando para Astrid e engolindo seco.

Astrid, com as mãos nos bolsos do casaco, olhou para Doutor Lima com frieza nos olhos, "Lembro-me de que da última vez o Doutor Lima disse que não tinha feito nada de errado. Se não fez, por que está sendo perseguido?"

Doutor Lima engoliu em seco com força, "Que perseguição, que nada, você, você, não diga bobagens."

"Bobagens? Você mesmo acabou de dizer que alguém quer te matar, que está em perigo. Como é, Doutor Lima? Já esqueceu o que acabou de dizer?"

"Eu..."

"O que você, o quê? Você trabalha para eles, e agora querem te silenciar, e mesmo assim você vai continuar encobrindo para eles? Ou será que realmente quer esperar até que te matem e levar o segredo para o túmulo?" Astrid perguntou incisivamente.

"Eu..." Doutor Lima ainda hesitava, sem saber o que realmente queria dizer.

Dentro dele, a dúvida ainda fervilhava.

Astrid assentiu, "Está bem, você pode continuar sem falar. Hoje, foram as minhas pessoas ao seu lado que salvaram sua vida. Se você não quiser falar, tudo bem, mas vou retirar todos daqui e deixar você enfrentar esses assassinos sozinho. Vamos ver se você verá o sol amanhã."

Dito isso, Astrid virou-se para sair, sem dar-lhe mais tempo para hesitar.

"Espere."

Doutor Lima sabia que Astrid estava certa, se não fossem as pessoas dela que o puxaram para dentro do carro, ele estaria em maus lençóis hoje.

Paloma falou com um olhar fixo em Doutor Lima, mencionando de propósito as palavras "prisão", o que fez Doutor Lima estremecer por inteiro.

Astrid lançou um olhar para os dois, ciente do motivo de sua presença ali naquele momento.

"Marcelo, expulse esses indesejáveis," ordenou Orlando friamente.

Valentino arqueou levemente as sobrancelhas, "Cunhado, o que está fazendo? Quem está incomodando aqui?"

"Há alguém mais inconveniente do que vocês dois neste lugar?"

"Viemos apenas por preocupação," respondeu Paloma, tentando se aproximar de Astrid, mas foi impedida pela presença autoritária dos homens de Orlando, incapaz de chegar mais perto.

Astrid olhou para Doutor Lima, que não ousava pronunciar uma palavra sequer, um tanto irritada, "E agora, vai continuar em silêncio até quando?"

"Prima, o que você quer que ele diga? Estou curiosa para ouvir também," disse Paloma com uma expressão de curiosidade. Embora estivesse nervosa por dentro, seu rosto não denunciava nada. Os dois pareciam ter apenas passado por ali por acaso e pararam o carro para perguntar o que estava acontecendo.

"Ah, você está curiosa? Quando eu conseguir descobrir, farei questão de que você ouça bem."

Astrid achava assustadora a face inocente de Paloma, pois por trás daquela aparente inocência, escondia-se um coração tão perverso.