Pai em Coma romance Capítulo 1

Tarde da noite.

Ana Lopes estava limpando com muita atenção os quartos do hotel pelos quais ela era responsável. Desde que sua mãe adoecera gravemente, ela trabalhava durante o dia, e vinha fazer a limpeza aqui à noite. No entanto, mesmo se esforçando tanto, seus ganhos mal cobriam as despesas médicas caras.

Finalmente, ela estava quase terminando o trabalho do dia, sobrando apenas a última suíte presidencial. Ana enxugou o suor da testa ao abrir a porta. A sala estava completamente escura. Ana estava prestes a procurar pelo interruptor de luz quando foi pressionada por um par de braços fortes. Ela levou um susto e quase gritou, mas antes que pudesse emitir qualquer som, o homem cobriu sua boca:

- Não seja tão barulhenta.

Ana esbugalhou os olhos, sem ideia de quem era esse homem e o que estava acontecendo. Seria ele um pervertido ou um psicopata? A ideia de tal possibilidade fez com que Ana se debatesse desesperadamente, mas ela não era páreo para um homem alto.

O homem percebeu que algo parecia estar errado. Ele havia mandado seu assistente arranjar uma mulher para ele depois de descobrir que havia sido drogado com um afrodisíaco muito forte, mas... Essa garota estava tão desesperada e desamparada que, de forma inexplicável, mexeu com o coração dele.

...

Na manhã do dia seguinte, Ana abriu os olhos bruscamente e viu que estava sozinha na cama. Uma mancha vermelha nos lençóis era como uma alfinetada em seus olhos, e seu corpo todo doía a ponto de desmoronar. Então... A coisa mais preciosa que ela tinha foi simplesmente tirada à força por um completo estranho. Uma onda de tristeza inexplicável invadiu seu peito. Foi só então que Ana viu um relógio de pulso na mesa de cabeceira, deixado por aquele homem. Abaixo dele, havia um bilhete com duas palavras simples: "Sua compensação".

Ele achou que ela fosse uma garota de programa? Ana se sentiu completamente humilhada. Ela jogou o relógio com força no chão e cobriu o rosto, chorando histericamente.

Depois de chorar por um tempo, Ana se acalmou aos poucos. Não, ela não podia chorar e não podia ter um colapso. Sua mãe ainda estava no hospital esperando por seus cuidados. Com isso em mente, Ana se arrastou para fora da cama, trocou de roupa com muita dificuldade e fugiu daquele quarto cheio de pesadelos sem olhar para trás.

Depois de sair do hotel, Ana seguiu andando pela calçada. Olhando para os carros indo e vindo, ela sentiu até vontade de se suicidar. Mas quando pensou em sua mãe, que ainda estava na cama do hospital, Ana teve que cerrar os dentes e resistir a esse pensamento. Ela não podia entrar em colapso. Se algo acontecesse com ela, não haveria ninguém para cuidar de sua mãe. Foi apenas uma mordida de um cachorro louco, ela não se importava.

...

- Sr. Leo, encontramos o homem que te drogou na noite passada. Creio que tenha sido enviado pelo Sr. Douglas. O que faremos a respeito?

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