Pai em Coma romance Capítulo 1108

Juliana mordeu o lábio inferior com força, como ela poderia não entender que Ana sendo levada por Leo certamente não era um ato voluntário. Com a personalidade de Ana, como ela poderia abandonar sua mãe e partir sozinha... No entanto, mesmo assim, Juliana não podia simplesmente assistir Claudia ser levada embora. Ela sabia que isso só faria Ana mais vulnerável à manipulação, algo que ela, como amiga, não queria ver acontecer.

- Não, eu não posso ver a tia sendo levada embora. Se vocês querem tirá-la daqui, terão que passar por cima de mim.

Juliana encarava firmemente as pessoas à sua frente, abrindo os braços e se colocando na frente de Claudia. Vendo-a assim, os homens mostravam-se relutantes. Afinal, esta mulher parecia ser uma conhecida de João, e seria problemático agir violentamente contra ela. Eles olharam, indecisos, para João.

João, que sempre viu Juliana como submissa a ele, sentiu-se desconfortável com sua súbita resistência.

- Pare com isso, Juliana, saia da frente.

- Eu não posso sair, João. Você é médico, deve saber que não é bom para a tia ser arrastada por aí. Usar uma paciente para ameaçar sua filha, isso é realmente aceitável?

João ficou em silêncio por um momento. Como médico, ele sabia que era um comportamento terrível, mas isso era um assunto de Leo, e ele tendia a favorecer seu irmão. Embora não concordasse, ele ainda veio ajudar.

João se aproximou lentamente de Juliana e, quando ela estava prestes a dizer mais alguma coisa, ele subitamente a golpeou com a mão na parte de trás do pescoço. Juliana não teve tempo de falar antes de sua visão escurecer, e com uma expressão de profunda decepção, olhou para João pela última vez.

João hesitou por um momento, mas rapidamente estendeu a mão para segurar Juliana, que caía desfalecida.

Embora Juliana fosse apenas uma esposa falsa que ele havia trazido para satisfazer sua família, por algum motivo desconhecido, após ter visto aquele olhar em seus olhos, ele sentiu uma inquietação inexplicável.

João balançou a cabeça vigorosamente. Para ele, Juliana era apenas uma passageira. Seus sentimentos haviam desaparecido com a partida daquela pessoa havia tempos; como poderia sentir algo por outra pessoa?

Depois de se acalmar, João ajudou Juliana a se levantar e, em seguida, voltou sua atenção para os homens.

- Podem começar, mas tenham cuidado para não machucar ninguém!

Ana esforçou-se para abrir seus pesados olhos e viu uma jovem com uma cara de boneca vestida de empregada diante de si.

- Ana, o médico disse que você não deveria se mexer, que é melhor descansar, você está com febre.

- Quem é você? - Ana franziu a testa. - Onde estou?

- Eu sou uma empregada da família Santos, e você está na mansão do Sr. Leo. Ele a trouxe para cá e me encarregou de cuidar de você.

Ana ficou surpresa, as memórias que ela queria evitar vieram à tona.

Ela lembrou-se de ter sido ameaçada por Leo, deixando marcas inapagáveis em seu corpo, e depois, aquele homem, como um louco, a torturou sem parar, não era de se admirar que ela estivesse tão dolorida.