Pai em Coma romance Capítulo 1112

Vendo que Leo ainda era capaz de ouvir suas palavras, Mariana assentiu satisfeita e não disse mais nada, desligando o telefone. De fato, desde que Ana, aquela mulherzinha, não estava mais lá para perturbar a mente de Leo, ele raramente a decepcionava. Felizmente, essa mulher já havia desaparecido completamente da vida de Leo.

...

No quarto, Ana começou a sentir os efeitos colaterais do medicamento pouco tempo depois de tomá-lo. Ela se sentia tonta e suas pálpebras estavam cada vez mais pesadas. Ana não queria adormecer tão rapidamente, pois havia acordado havia pouco tempo e ainda tinha algumas perguntas, mas não conseguia resistir ao efeito dos remédios e lentamente se encostou na cama e fechou os olhos para dormir.

Quando Leo abriu a porta, viu Ana adormecida encostada na cabeceira da cama. No sono, Ana perdia a tensão habitual, e seu rosto parecia angelical, embora as pequenas cicatrizes e olhos inchados diminuíssem um pouco sua beleza, adicionando um ar de vulnerabilidade. Vendo Ana assim, Leo não fez barulho para acordá-la. Ele se aproximou lentamente e, sem conseguir se conter, colocou a mão na bochecha de Ana.

Entre o sono e a vigília, Ana sentiu alguém se aproximando e abraçando-a. Ela lutou para acordar do sono, mas seu corpo já estava em um sono profundo devido ao componente sedativo do remédio para febre, então ela apenas franziu a testa levemente, sem sinais de despertar. Ana sentiu alguém acariciando seu cabelo suavemente, com um toque ao mesmo tempo familiar e estranho.

Quando Ana acordou novamente, já era manhã do dia seguinte. Pouco depois de acordar, Leo apareceu, vestido com roupas elegantes para sair, parecendo muito refinado e bonito. Ele não parecia planejar ficar ali com ela o tempo todo. Isso, de certa forma, aliviou Ana. A presença de Leo representava uma grande pressão para ela, então ela preferia que ele estivesse ocupado e não ficasse ali a atormentando.

Leo observava os olhos de Ana, percebendo que seu humor parecia muito melhor do que no dia anterior. Ele arqueou uma sobrancelha, pensando que, com o temperamento de Ana, ela continuaria a lhe dar trabalho por mais alguns dias, talvez até se recusando a comer em um acesso de raiva. No entanto, ela parecia ter aceitado a realidade mais rápido do que ele esperava.

Depois de um tempo, Solange entrou no quarto com uma bandeja. Nela havia uma tigela de canja leve e alguns remédios recém-preparados.

Desta vez, Ana comeu e tomou o remédio obedientemente, sem dar motivos para reclamações.

Leo observava seu comportamento obediente, sentindo uma emoção indescritível. Ele percebia que Ana havia se rendido fisicamente, mas sua mente estava completamente fechada, sem desejo algum de se comunicar com ele. Ele não pôde deixar de se autocriticar. Afinal, não era isso que ele queria? Por que, agora que conseguiu, parecia insuficiente?