Pai em Coma romance Capítulo 1150

O tempo passou rapidamente e logo já era noite. Leo voltou para casa e foi diretamente para o escritório, enquanto Ana foi à cozinha preparar um café.

Com cuidado, ela dissolveu um comprimido na água quente e, seguindo o gosto de Leo, acrescentou pó de café e leite antes de levar a bebida ao escritório.

Ana bateu levemente na porta e ouviu a voz de Leo de dentro.

- Entre.

Ana entrou com o café, vendo Leo concentrado nos documentos. Desde que voltou para o país, ele estava sempre ocupado assim.

- Trouxe café.

Ela disse, sem mudar a expressão, colocando o café ao lado de Leo.

Leo, pensando que era uma das empregadas trazendo o café, ficou surpreso ao ouvir a voz de Ana.

- Foi você quem fez?

Ana, com um rosto inexpressivo, assentiu levemente.

Leo sorriu e provou um gole.

- Por que colocou leite?

Ele franziu a testa levemente. Normalmente, preferia café amargo, sem açúcar ou leite, que o deixava mais alerta.

- Café puro é muito forte para o estômago, é melhor equilibrar com um pouco de leite. - Ana disse calmamente, na verdade, ela tinha colocado mais pó de café para disfarçar o gosto do remédio e precisou adicionar leite para neutralizar o excesso de amargor.

Houve um momento de silêncio. Ana estava preocupada que Leo se irritasse, mas ele relaxou a expressão franzida e bebeu mais alguns goles.

- Não está ruim.

Ana, com passos rápidos e decididos, se aproximou, suas mãos gentis seguraram seu corpo e o acomodaram sobre a mesa com um cuidado maternal. Depois de empurrá-lo algumas vezes, se certificando de que ele não reagia, ela soltou ele, certa de que estava tudo bem. Seus olhos observaram Leo por um momento, uma tempestade de emoções ocultas em seu olhar, antes de se virar para sair sem olhar para trás, como quem deixa um pedaço de si em cada passo que dá.Solange estava esperando na porta. Ao ver Ana sair, perguntou baixinho:

- E então?

- Ele já adormeceu.

- Ótimo, vá trocar de roupa. Eu já desmaiei a outra empregada e a coloquei na sua cama. Daqui a pouco, finja ser ela e me siga.

Ana assentiu, mantendo uma expressão casual, e voltou para o quarto.

Lá, na cama, estava uma mulher coberta por um lençol, provavelmente a empregada mencionada por Solange.

- Desculpe, eu invadi.