Pai em Coma romance Capítulo 15

Num piscar de olhos, o carro já estava parado em frente ao shopping de luxo mais famoso da Cidade S.

- Srta. Ana, pode ir fazer as compras agora. Só precisa me ligar quando quiser ir embora, eu venho buscá-la. - Ivan tinha negócios a resolver na empresa, então se despediu de Ana e saiu.

Ana foi compreensiva com ele, acenou com a cabeça e entrou no shopping sozinha.

Uma vez lá dentro, Ana não pôde deixar de estalar os lábios ao ver a grande variedade de produtos e os preços“lindos”.

Desde que Sérgio a expulsou de casa, ela raramente pisava em um lugar como aquele. Parecia que a única vez que tinha vindo foi quando Paulo a arrastou para cá.

Pensar em Paulo fez com que Ana se distraísse um pouco. Ela caminhou de acordo com os passos nas memórias e chegou na porta daquela loja. Assim que olhou para cima, viu o vestido que havia experimentado pendurado no lugar mais visível da loja.

Ela ainda se lembrava da promessa de Paulo naquela hora... De que com certeza lhe daria um vestido como aquele quando a pedisse em casamento, e que ela seria a garota mais bonita do mundo naquele dia.

Havia nostalgia nos olhos de Ana. Ela entrou e estava prestes a tocar no vestido quando uma voz aguda soou:

- Ei, o que você está fazendo? Acha que pode sair tocando nas roupas assim? Você é capaz de pagar por ela se estragá-la?

Ela se virou e viu a vendedora da loja parada na frente dela com cara de nojo.

Ana achou graça, ela realmente não queria comprar um vestido tão caro, e se essa pessoa tivesse falado direito, ela não teria se importado.

Mas agora, diante desse tom de voz que a tratava como uma mendiga, com medo de que ela sujasse o vestido... Ana não ia deixar barato assim.

- Esse vestido não está pendurado aqui justamente para as pessoas experimentarem?

- Só se você tiver dinheiro para isso. - a vendedora olhou para a roupa barata que ela estava usando e seu tom era zombeteiro.

Ana riu, sem acreditar no que estava ouvindo, e estava prestes a dizer para que essa vendedora fosse mais respeitosa quando uma voz feminina bem sarcástica ecoou no ar:

- O que está acontecendo? Eu não esperava que, em um lugar desses, ainda tivesse pessoas fazendo barraco! Não acha vergonhoso?

Ana se virou e viu um casal entrando pela porta.

A mulher estava coberta de roupas de marca e era bem sofisticada. O homem era alto e bonito.

Ela pegou o cartão da mão de Ana e o examinou várias vezes contra a luz antes de finalmente exclamar surpresa:

- É mesmo real...

Não havia muitos cartões black com limites ilimitados em toda a Cidade S, e aqueles poucos que os possuíam eram absurdamente ricos.

Embora ainda esteja resmungando um pouco, a vendedora não ousou ser lenta, tirou o vestido com pressa e o entregou a Ana com as duas mãos.

Ana pegou o vestido, deu meia-volta e entrou no provador.

Mônica foi derrotada. Ela olhou para aquele cartão com inveja nos olhos.

Caio, que se importava muito em manter a imagem pessoal, teve medo de que as duas mulheres brigassem, então puxou Mônica para ir embora.

Mas o seu gesto irritou Mônica, que se livrou de sua mão com força e disse:

- O que foi? Você ainda não superou seus antigos sentimentos por ela? Os outros podem não saber como ela é, mas eu sei! Ela foi expulsa da família Lopes há muito tempo, então para ser capaz de se exibir por aí com aquele cartão, ela deve ter se tornado amante de algum homem rico e casado!