Pai em Coma romance Capítulo 189

Quando Ana ergueu a cabeça, viu o rosto da mulher e não conseguiu evitar franzir a testa.

Era ninguém menos que Mônica?

Ana não esperava encontrá-la aqui, mas suas experiências anteriores não foram nada agradáveis. Ela não queria ter nenhum envolvimento extra com essa mulher.

- Se não há nada, eu vou indo. Ana fez uma breve reverência e se virou para sair.

O tom de Ana era frio, mas surpreendentemente Mônica não ficou brava. Ela deu um passo à frente, bloqueando o caminho, e olhou para Ana com um sorriso amigável.

Mas aquele sorriso, em comparação com os rostos frios que Ana tinha visto hoje, parecia estranho para ela.

Ela nem se lembrava do papel que Mônica desempenhava, olhando para si mesma com esse sorriso, era assustador.

- Ana, nós nos conhecemos há tanto tempo, na universidade éramos amigas, além disso, agora eu sou sua chefe, é assim que você trata sua chefe?

Ana entendeu imediatamente, Mônica não a deixaria escapar facilmente.

Ana manteve o rosto frio. - Desculpe, eu estou aqui para trabalhar e ganhar dinheiro com minha habilidade profissional. Mas está claro que você tem preconceitos contra mim. Nesse caso, eu não quero mais esse emprego, peço que saia do meu caminho.

Ao ouvir isso, Mônica soltou um riso frio e disse: - Você assinou o contrato tão rapidamente, leu as cláusulas com atenção?

Ana ficou perplexa e, de repente, sentiu um arrepio frio nas costas.

Ela pensou que a empresa era de grande porte e não a enganaria, então assinou o contrato conforme as instruções do entrevistador, sem ler.

Ela nem tinha ideia do que estava escrito lá!

- Se você quer sair, pode ir. Mas terá que pagar uma multa de cinco milhões de reais à empresa, como compensação, então poderá sair.

Mônica mostrou um sorriso malicioso, ergueu o corpo e olhou para Ana, calmamente.

Ela havia chamado a assistente havia pouco tempo, e pediu para adicionar essa cláusula no contrato.

- Você...!

Ana ficou sem palavras por um momento. Ela se lamentou por sua falta de cuidado, caindo nas mãos dessa mulher. Ela já estava em uma situação tão lamentável, e agora tinha que ser enganada dessa forma!

Ao ver Ana sendo humilhada, Mônica sentiu uma satisfação imensa.

Da última vez na casa da família Lopes, ela teve que sair de fininho depois de ser assustada por Leo. Chegando em casa, ainda levou uma bronca, sendo repreendida para não fazer mais bagunça. Se acontecesse de ser alvo da família Santos, seria terrível.

Embora relutante, ela só podia engolir o sapo. A todo momento, ela pensava em como seria bom quando Ana fosse chutada por Leo. Ela definitivamente não a deixaria escapar.

Inesperadamente, antes mesmo de agir, essa vadia veio até ela por conta própria. Como ela poderia perder essa oportunidade perfeita para se vingar?

Enquanto Mônica pensava em como fazer Ana se humilhar e diminuir sua coragem, um telefonema interrompeu seus pensamentos.

- Gerente, o Sr. Rodrigo está perguntando quando você irá se reunir com ele para discutir a colaboração. Se você não for logo, ele vai entrar em contato com outras empresas.

Mônica franziu a testa. Esse Sr. Rodrigo era conhecido no meio por ser um pervertido. Já tinha mais de 60 anos, mas não perdeu o espírito de malícia, tentando seduzir jovens garotas todos os dias.

Ele estava tão ansioso para convidá-la para discutir negócios, provavelmente só queria aproveitar a oportunidade para flertar.

Quanto mais Mônica pensava nisso, mais enjoada ficava. Estava prestes a explodir quando teve uma ideia repentina.

- Diga ao Sr. Rodrigo que eu enviarei alguém para atendê-lo e garantir que ele fique satisfeito.

Após desligar o telefone, Mônica olhou para Ana, à sua frente e disse:

- Que tal isso? A empresa acabou de me ligar, dizendo que não conseguem fechar o contrato. Se você tem habilidades, faça com que a outra parte assine o contrato e eu deixarei você escapar dessa.