Pai em Coma romance Capítulo 254

Ana sentia como se tivesse caído no fundo do mar, sendo puxada de um lado para o outro, sem parar.

Algumas pessoas lhe imploravam para não morrer, parecia que algumas até estavam chorando. Os sons confusos a impediam de dormir tranquilamente.

Ana de repente abriu os olhos, percebendo que estava deitada numa cama grande e macia. Seu corpo parecia estar flutuando, como se não pesasse nada.

Ela ficou atônita por um momento e, logo depois, seu cérebro voltou a funcionar, relembrando os eventos que aconteceram antes de ela desmaiar.

Leo a levou à força para a sala de cirurgia, querendo que ela abortasse. Ela ainda se lembrava das palavras daquele homem, dizendo que mulheres como ela não mereciam ter um filho dele.

Ao lembrar as palavras ferinas do homem e a sua figura indo embora sem se importar, Ana sentiu uma dor no peito.

Ela levantou a mão para tocar sua barriga. Será que seu bebê ainda estava lá?

Porém, ela não sentia dor alguma.

Ana percebeu algo e começou a olhar ao redor.

Tudo era estranho para ela, mas o ambiente era refinado e apresentava uma bela decoração singular, nada comparável à monotonia de um hospital.

Não era um hospital. Será que era o céu?

Ela tinha realmente morrido?

Ana pensou e sentiu uma tristeza ainda maior. Então, ela e o bebê haviam morrido...

Talvez fosse melhor assim. Pelo menos, seu bebê não estaria sozinho no céu.

Mas, ela não poderia cuidar de sua mãe. O que ela faria sozinha...

Paulo disse, sorrindo, para Ana.

De repente, Ana sentiu como se estivesse sonhando. Ela claramente lembrava que, antes de desmaiar, as pessoas estavam totalmente preparadas para fazer uma cirurgia nela. Como ela conseguiu sair ilesa?

- Foi meu avô que ajudou. Eu disse que se não pudesse salvar você e o bebê na sua barriga, eu também não gostaria de ficar neste mundo. Ele concordou em ajudar, mas para enganar os outros, foi dito que você já havia morrido. A partir de agora, você vai viver em outro país, onde ninguém te conhece. Ana, você me culpa por isso?

Paulo também estava preocupado. Ele temia que Ana ainda tivesse ilusões sobre Leo e não estivesse disposta a ir embora com ele.

Ana balançou a cabeça e mostrou um sorriso amargo.

- Claro que não, se não fosse por você, meu bebê provavelmente teria se perdido, e eu... não tenho certeza se teria conseguido sobreviver. Devo agradecer a você.

Se antes ela ainda podia ter alguma ilusão sobre Leo, até mesmo pensando em fazer um teste de DNA após o nascimento do bebê para provar sua inocência, agora, ela não tinha mais esse tipo de pensamento.