Pai em Coma romance Capítulo 288

No entanto, Ana não percebeu muito disso. Ela olhava atentamente para a estrada. Embora não estivesse muito longe da vila, havia uma parte da estrada que era íngreme. Ela teve que diminuir a velocidade e andar com cuidado.

- Aqui é perigoso, vá com cuidado. - Ana lembrou a tempo, mas depois se arrependeu um pouco.

Esse homem, se algo acontecer, era apenas ele se colocando em perigo. Por que ela se preocupava tanto com ele?

- Eu só não quero que você caia e me cause problemas. - Ana tentou se corrigir a tempo, mas suas orelhas começaram a ficar vermelhas devagar.

Ao ouvir isso, os cantos dos lábios de Leo se curvaram levemente. Aquela mulher, ainda era a mesma de antes. Quando ela mentia, suas orelhas ficavam vermelhas. Era realmente fácil de perceber.

- Fique tranquila, se você cair, eu vou estar lá embaixo para te proteger. - Leo disse, enquanto olhava para Ana de forma intensa.

Ana sentiu-se inexplicavelmente desconfortável e começou a se mexer inquietamente.

- Ah, desde que você não se machuque, já está bom. Proteger a mim já é pedir demais.

Depois de falar, Ana parou de falar com Leo e concentrou-se em guiá-lo pelo caminho. Ambos tiveram cuidado e conseguiram atravessar a estrada montanhosa sem problemas.

Logo após caminharem por um curto período, finalmente chegaram à pequena unidade de saúde na entrada da vila. Ana ajudou a pessoa a entrar e foi rapidamente chamar o único médico disponível para cuidar dos ferimentos de Leo.

O médico era um senhor idoso e, ao entrar e ver o peito de Leo todo ensanguentado, franziu a testa involuntariamente.

- O que aconteceu? Tanto sangue assim?

Ana ficou preocupada por dentro. Se o médico percebesse que era um ferimento de faca, ele iria chamar a polícia? Ela não queria ter que explicar toda essa história complicada para os policiais.

Leo percebeu a preocupação de Ana e apertou sua mão, falando rapidamente:

- Caí, sem querer.

O médico olhou para eles com desdém. Como alguém poderia ter caído de uma maneira que fizesse o peito sangrar assim? Provavelmente estava relacionado a essa mulher coberta de sangue da mesma forma.

Finalmente conseguiu desabotoar todos os botões, mas na hora de tirar, ficou um tanto complicado.

O sangue, que escorria da ferida de Leo, já havia coagulado e grudado na camisa rasgada, tornando difícil removê-la.

Ana teve que olhar com atenção, delicadamente, arrancando pedacinho por pedacinho da camisa.

Leo baixou a cabeça e observou Ana com seriedade, ele ficou ali, quieto, com um olhar suave que parecia até escorrer água.

Após um bom tempo, Ana finalmente conseguiu tirar a camisa dele.

O médico que estava ao lado já havia percebido a relação entre os dois e balançou a cabeça:

- Ok, afaste-se um pouco para que eu possa examinar o ferimento.

Ana sentiu um alívio imenso, finalmente conseguiu soltar o ar que estava segurando, até suando um pouco.