Pai em Coma romance Capítulo 409

O motorista não esperava que Ana se atirasse na frente do carro de repente. Um arrepio percorreu a espinha dele e também de Leo.

- Mude de direção! - A ordem do homem ecoou no carro, fazendo com que o motorista atordoado girasse rapidamente o volante, direcionando o veículo para o lado oposto.

Finalmente, o carro passou raspando por Ana, que, apesar de não ter sido derrubada, foi lançada ao chão pela forte corrente de ar que o carro criou ao passar. O carro de Leo colidiu com a grade de proteção ao lado da rua devido à mudança repentina de direção. Felizmente, a velocidade não era alta e não houve maiores problemas.

Ana caiu no chão, com o coração palpitante de medo. Ela só queria, num ímpeto de emoção, parar Leo, pedir que ele ficasse um pouco mais, pelo menos para ouvir o que ela tinha a dizer. Ela nunca imaginou que quase seria atropelada.

Respirando fundo, Ana tentou se levantar para aproveitar a oportunidade e interceptar Leo, mas uma dor aguda atingiu seu tornozelo assim que ela começou a se mover. Sem se equilibrar direito, ela caiu novamente.

Embora tivesse tido a sorte de não ser atropelada, parecia que ela tinha torcido o tornozelo ao cair, e a dor era intensa. Ana tentou se levantar várias vezes, mas sem sucesso, seu corpo todo estava coberto de poeira, parecendo particularmente desgrenhada.

Leo também havia se assustado com o incidente inesperado. Depois de se acalmar por um momento, baixou a janela do carro e viu Ana sentada no chão, parecendo estar com dor.

As sobrancelhas de Leo franziram. O que essa mulher estava tentando fazer?

- Sr. Leo, devemos descer para ver? - Perguntou o motorista, que também estava alarmado ao ver a condição de Ana.

Felizmente, sua reação foi rápida e ele conseguiu mudar a direção do carro a tempo, evitando um grande desastre graças ao desempenho do veículo.

Leo voltou à realidade, e um sorriso frio emergiu em seus lábios.

- Ela correu na frente do carro por conta própria, o que isso tem a ver conosco? Continue dirigindo.

Depois de falar, ele levantou a janela e não olhou para Ana novamente. Quem poderia dizer se ela estava realmente machucada, ou apenas queria usar essa tática para ganhar simpatia?

Ana estava toda suja, parecendo bastante desgrenhada. E, sem comer quase nada o dia todo, ela só sentia tonturas.

- Eu estou bem... - Ana balançou a cabeça, agradeceu e encontrou um lugar discreto para sentar. Ela então ligou para Juliana.

Nas condições em que se encontrava, voltar para casa por conta própria seria um desafio. Ela precisava de Juliana.

Quando Juliana ouviu que Ana havia voltado ao país e precisava que ela a pegasse, ela concordou sem hesitação.

Cerca de dez minutos depois, Juliana chegou ao local que Ana mencionou. Assim que saiu do carro, ela viu Ana sentada em um degrau.

Juliana levou um susto. Até mesmo durante o período em que a mãe de Ana estava doente, ela nunca tinha visto Ana tão desamparada.