Pai em Coma romance Capítulo 416

- Não fui eu, não fui eu! - Ana apressou-se a explicar que Luísa havia caído sozinha, mas Leo nem sequer olhou para ela, seu olhar estava fixo na mulher que jazia em uma poça de sangue.

- Luísa, Luísa!

Luísa abriu os olhos, estendeu a mão e agarrou a roupa de Leo, a qual estava manchada com seu próprio sangue.

- Leo, não culpe Ana. Foi eu que não tomei cuidado.

Luísa forçou um sorriso, as marcas de suas bochechas brilhando acusadoramente. Ana apertou os punhos. Ela percebeu que as coisas não eram tão simples quanto pareciam. Ela tinha caído em uma armadilha!

- Eu realmente não a empurrei! - Ana insistiu rapidamente.

No entanto, Leo apenas olhou friamente para Ana. Ele não fez qualquer gesto que pudesse sugerir que ele acreditava nela, olhando para Luísa em vez disso.

- Aguente firme, eu vou chamar uma ambulância e te levar ao hospital.

Leo não se atrevia a mover Luísa, com medo de agravar qualquer possível fratura que ela pudesse ter. Ele rapidamente pegou o telefone e ligou para o serviço de emergência. Depois de chamar a ambulância, Leo ligou imediatamente para Ivan. Ivan veio correndo.

Ao ver Luísa deitada no chão, coberta de sangue, ele também ficou chocado.

- Sr. Leo, o que aconteceu com Luísa?

O olhar frio de Leo se voltou para Ana.

- Prenda essa mulher, não deixe ela fugir!

Ivan levantou a cabeça e viu Ana em pé no topo da escada, com o rosto pálido, ele percebeu rapidamente o que tinha acontecido. Foi Ana quem fez isso?

Quanto a essa questão, Ivan não ousava fazer suposições precipitadas, mas não podia desobedecer a uma ordem de Leo.

- Entendido, Sr. Leo.

Ana ficou ali, vendo o grupo apressado se afastar, suas mãos tremendo involuntariamente. Olhando para baixo, ela viu a palma da mão tingida de vermelho.

Ana apertou os punhos. Apesar do sol brilhante e da temperatura agradável, ela sentia um frio que vinha do fundo de seus ossos.

Ela baixou a cabeça e viu a poça de sangue no chão, o vermelho vívido era ofuscante. Ana olhou para aquilo por um momento, depois se sentou num canto.

O contato com a parede fria em suas costas fez Ana se acalmar um pouco.

Esta situação foi meticulosamente planejada por Luísa. Ana caiu na armadilha, foi provocada até perder o controle e deixou evidências de que havia contato físico entre elas, as marcas em suas bochechas eram a prova mais concreta disso.

Para os outros, ela era inquestionavelmente a principal culpada...

Quanto mais Ana pensava, mais sentia o sangue gelar. Luísa teve coragem de ser tão cruel consigo mesma, jogando-se de um lugar tão alto, só para incriminá-la.

Ana só podia orar para que nada de grave acontecesse com essa mulher, caso contrário, ela talvez nem tivesse a chance de se explicar.