Pai em Coma romance Capítulo 527

Juliana se levantou e foi até a porta, espiando pelo olho mágico, hesitou por um momento quando viu que era João, mas acabou abrindo a porta. Assim que a porta se abriu, um forte cheiro de álcool atingiu Juliana, que instintivamente franziu o nariz.

- O que significa isso?

João, vendo que era Juliana quem abria a porta, arqueou uma sobrancelha, não respondeu e olhou para dentro do quarto.

- Ana, você está aí? Eu preciso falar com você.

Ao ouvir seu nome, Ana se aproximou e, naquele instante, João empurrou Leo em sua direção. Ana deu um pulo de susto e rapidamente segurou Leo, evitando que ambos caíssem. João, vendo que seu plano tinha funcionado, deu um pequeno sorriso e olhou para trás, para Juliana, que estava com os olhos arregalados.

- Desculpe.

Mal terminou de falar, ele segurou o pulso de Juliana e a levou para fora. Juliana mal teve tempo de reagir, já estava sendo levada pelo homem à sua frente. Só quando ouviu a porta se fechar e o trinco se encaixar, que se acordou.

- O que você está fazendo? Esta é a minha casa, o que você está tentando fazer me segurando assim?

- Claro que estou dando espaço para eles ficarem sozinhos. Você não se sentiria confortável ficando lá, não é?

João parou, falando como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, sem perceber qualquer problema com a sua intromissão. Juliana contraiu os lábios. Como poderia haver um homem tão presunçoso?

- Eu voltar para minha casa é perfeitamente normal. Além disso, Ana e Leo já se divorciaram. Se você continuar trazendo ele sem motivo, vai causar um mal-entendido...

Juliana começou a protestar, mas João levantou um dedo e o colocou sobre os lábios dela.

De volta ao quarto, a situação não era tão tranquila para Ana. Leo, sendo consideravelmente maior que ela, estava deitado sobre ela. Mesmo sem todo o peso dele sobre ela, ainda era um fardo. E para piorar, Juliana não voltou, não se sabia onde João tinha a levado, e o forte cheiro de álcool em Leo indicava que ele devia ter bebido bastante.

- Leo, acorde.

Ana beliscou a cintura de Leo, mas ele não reagiu, apenas murmurou algo que fez seus ouvidos formigarem. Ana desistiu da ideia de acordar Leo para que ele pudesse ir embora por conta própria e, com esforço, arrastou-o para o sofá.

Ao chegar ao sofá, Ana finalmente relaxou, deixando Leo cair do ombro dela no sofá. Ela também caiu em cima dele. Ana não se levantou imediatamente. Apenas esses poucos passos a tinham deixado esgotada. Ela se deitou no peito forte de Leo e respirou fundo algumas vezes.

Quando Leo caiu, ele apenas franziu a testa, mas não acordou. Deitado no sofá, seus olhos, normalmente profundos e dominantes, estavam fechados. Isso fez com que ele parecesse menos agressivo, quase como uma criança. Ana o observou distraidamente por um momento.