Pai em Coma romance Capítulo 656

A última frase que Ana deixou para Paulo foi tão fria, sem um pingo de ternura, mas no seu sonho, ele era ainda tão gentil.

Ana soltou uma risada fria e desolada, a pessoa que a tratava melhor neste mundo, ela havia causado a sua morte.

Por mais que se arrependesse, não podia reverter o passado.

Ana se encolheu toda, e quando estava imersa em uma profunda culpa da qual não conseguia se livrar, o celular ao lado tocou.

Ao ouvir o som, Ana ainda estava um pouco atordoada, mas a incessante campainha do telefone a fez sair do transe, ela só podia estender a mão para pegá-lo e dar uma olhada.

Atendendo a chamada, a voz fria de Rafaela soou.

- Ana, onde você está? Preciso falar com você.

Neste momento, Ana não sabia como encarar Rafaela.

- O que você quer? Fale logo.

- Você sabe onde estão as coisas do Paulo, certo? Entregue-as imediatamente, serão usadas no funeral.

As palavras "objetos pessoais" e "funeral" fizeram o coração de Ana tremer.

Ela ainda tinha uma pequena esperança, aguardando o milagre do retorno de Paulo, parecia que, afinal, era um desejo em vão.

- As coisas dele estão todas no exterior, não estão comigo.

- Então você precisa me levar lá imediatamente. Não tenho mais tempo para perder com você, vamos logo. - Rafaela a apressou impacientemente, o rosto de Ana escureceu.

- Tudo bem, eu entendi.

Ela entendia os sentimentos de Rafaela, se ela fosse Rafaela, provavelmente estaria ainda mais furiosa.

Rafaela fez um gesto para seus subordinados atrás dela, depois de descer do carro e dizer algumas palavras a Ana, ela de repente se inclinou e disse:

- Meu coração está doendo muito, ajude-me a ir descansar um pouco ali...

Vendo isso, Ana se assustou e rapidamente foi ajudá-la, Rafaela era a mãe de Paulo, ela não podia deixar que algo acontecesse com ela na sua frente.

Ana ajudou Rafaela até um lugar vazio ao lado, preocupada com a condição dela e perguntando ansiosamente como ela estava, ela não percebeu que no momento em que ela se afastou, o guarda-costas que a trouxe foi imobilizado por alguns homens.

Quando chegaram a um lugar onde ninguém poderia encontrá-los, Rafaela de repente agarrou os cabelos de Ana e disse:

- Desgraçada, hoje você tem que morrer, você matou o Paulo, você não vai sobreviver.

Ana levou um susto, só então percebeu que algo estava errado, mas quando tentou reagir já era tarde demais, uma pessoa atrás dela cobriu sua boca e nariz com um pano molhado.

Um cheiro pungente chegou, Ana de repente ficou fraca, ela lutou fracamente algumas vezes, mas no final foi em vão, finalmente sua cabeça tombou para o lado, e ela perdeu totalmente a consciência.