Pai em Coma romance Capítulo 701

Mais uma vez, a tentativa de hipnotizar Patrícia falhou, como era de esperar.

O rosto do médico exibia uma expressão de cansaço, e ele estava ficando sem opções.

A única solução seria pedir a ajuda de Leo, pois sua presença era única para Patrícia, algo que nem mesmo ele, como pai dela, poderia substituir.

- Desculpe, foi minha impulsividade que prejudicou Patrícia.

Teófilo, ao ver a falha na hipnose de Patrícia, abaixou a cabeça, sua expressão cheia de culpa.

Roberto balançou a cabeça, entendendo o caráter de Patrícia e sabendo que Teófilo sempre atendia aos seus desejos. Se ele não agisse de acordo com seus desejos, ela não descansaria. Ninguém era culpado neste caso.

- Vou entrar em contato com Leo. De qualquer forma, não podemos mais atrasar o tratamento de Patrícia.

Disse Roberto, pedindo a Teófilo que ficasse e cuidasse bem de Patrícia, enquanto ele saiu e chamou alguém para contatar Leo.

Leo estava ocupado com o trabalho, ficando no hotel nos últimos dias. Embora a situação já estivesse mais ou menos resolvida, e ele precisasse voltar ao seu país, ele não estava com pressa de sair.

Leo raramente ia ali, talvez ele ainda tivesse a chance de encontrar Ana, e fazia muito tempo que ele não via Pedro. Ele estava curioso para saber se o garoto tinha crescido nesse período.

Enquanto pensava em como pedir a Ana para trazer Pedro e se encontrar com ele, o telefone tocou de repente.

Ao ver que era uma ligação do Dr. Roberto, Leo atendeu. Finalmente, a chamada chegou.

- Senhor Roberto, parece que você entendeu algo errado. O incidente desta vez não foi uma ação minha para ferir sua filha, mas ela, por algo trivial, agiu contra uma pessoa inocente, chegando a envenená-la e quase tirando sua vida. Quando a retive, mostrei contenção, pensando na gratidão que sinto por você ter sido bondoso com minha mãe. Não causei nenhum dano a ela, pelo contrário, tratei-a com respeito. Isso já é o máximo que posso tolerar.

Os olhos de Roberto piscaram, e ele, claro, sabia das ações de Patrícia. No entanto, a vida ou a morte de Ana, uma estranha, parecia-lhe tão insignificante quanto uma "formiga". Como ele poderia se importar?

- Sr. Leo, você realmente vai se opor a toda a família Pereira por causa de uma mulher?

- Qualquer um que a machuque é meu inimigo. Sou uma pessoa que nunca deixa uma ofensa sem vingança.

A voz de Leo estava tingida com um tom frio, sem qualquer sinal de concessão.