Pai em Coma romance Capítulo 718

Pedro ergueu-se devagar, fingindo estar assustado e desamparado, agarrando a perna de Ana.

- Mamãe, não me deixe para trás!

O coração de Ana apertou. Embora não soubesse quem era esse Teófilo, ele estava atrás dela e de Leo, mas Pedro também estava envolvido. Com apenas cinco anos, ele havia testemunhado essa crueldade. Ela se sentia uma mãe impotente.

- Pedrinho, querido, por que você não vai ver como o papai está?

Ana sorriu, afagando a cabeça de Pedro, querendo que ele voltasse ao lado de Leo. Se pudesse sacrificar apenas a si mesma para salvar pai e filho, Ana achava que valeria a pena.

Ao observar a cena diante dele, Teófilo sentia-se irritado. Sendo órfão, ele não sabia quem eram seus pais. Embora a família Pereira o tivesse adotado, eles nunca lhe ofereceram esse tipo de carinho.

Essa visão era irritante aos olhos de Teófilo, algo que ele desejava destruir.

De repente, Teófilo teve uma ideia. Ele sorriu e mirou o ombro de Ana, disparando um tiro.

Ana não esperava que ele atirasse repentinamente. Tropeçando para trás, ela conseguiu manter uma expressão calma.

- Você concorda com o meu pedido?

- Mulher tola, você ainda não percebeu seu lugar? Eu poderia matar todos vocês. Por que ouviria seu pedido ridículo? Hoje, vou atirar em vocês, um por um, na frente do seu filho, fazendo com que ele veja vocês sangrando até a morte. Fique tranquila, vou poupar a vida dele. Quando ele ver seus pais morrerem diante dos seus olhos. Sua vida futura será mais dolorosa do que a morte!

Mal ele terminou de falar, Teófilo se aproximou de Ana, preparando-se para atirar em um lugar que não fosse fatal. Enquanto isso, Pedro, que esteve escondido nas sombras, aproveitou o momento em que ele não estava atento e correu subitamente para fora.

Esse garotinho tinha essa habilidade?

Teófilo tentou mudar a mira da arma para lidar com Pedro, mas o poderoso anestésico nas agulhas o deixou completamente imóvel. Ele só podia distorcer o rosto em expressão, incapaz de fazer qualquer coisa.

Vendo o sucesso de seu ataque, o coração de Pedro finalmente descansou um pouco, mas ele sabia que não podia relaxar. O efeito do anestésico não duraria para sempre.

Respirando fundo, Pedro relembrou as técnicas de autodefesa que Papai do Paulo lhe ensinou. Ele pulou com toda a força que tinha, arrancando a arma das mãos de Teófilo.

Com a arma pesada em mãos, o olhar de Pedro ficou imediatamente gélido. Pensando nas feridas que viu no corpo de Leo e na bala que atingiu sua mãe, sem hesitar, ele mirou em Teófilo, pronto para puxar o gatilho...