Pai em Coma romance Capítulo 724

Leo sentiu como se tivesse saído de um pesadelo longuíssimo, um sonho maçante onde revivia repetidamente a cena da explosão, antes de perder os sentidos.

No sonho, ele apenas observava à distância enquanto Ana e Pedro eram brutalmente assassinados por Teófilo, sem poder fazer nada para intervir.

Foi só quando algo ligeiramente úmido e fresco caiu em sua mão que Leo franziu a testa, lutando para se libertar desse pesadelo absurdo e aterrorizante.

A consciência gradualmente retornou ao seu corpo. Leo abriu os olhos lentamente e imediatamente uma onda intensa de dor percorreu seu corpo.

Apesar de sua notável capacidade de suportar a dor, Leo quase desmaiou novamente devido à intensidade dela.

Porém, ao observar o ambiente ao seu redor, Leo imediatamente compreendeu que estava em um hospital. Ou seja, ele foi salvo...

Mas e Ana e Pedro?

Ele ergueu o olhar e avistou Ana sentada à beira da cama, ainda sem perceber que ele havia acordado. Seu rosto estava pálido e abatido.

- Aninha...

Leo estendeu a mão, querendo tocar o rosto de Ana. Contudo, ao realizar esse movimento, a dor o fez empalidecer, e ele soltou um suspiro involuntário, tossindo.

Ouviu-se o ruído, e Ana, que estava silenciosamente lamentando, imediatamente levantou o olhar. Ela percebeu que Leo estava acordado e sua expressão alternou entre surpresa e alegria.

- Leo, você acordou!

Observando Leo tossindo com desconforto, Ana tentou bater levemente em suas costas para ajudá-lo a se acalmar. No entanto, ao ver o corpo dele envolto em ataduras espessas, como uma múmia, sua mão parou no ar, sem prosseguir.

Tudo isso aconteceu por causa dela, caso contrário, Leo não estaria tão gravemente ferido.

Ao pensar nisso, suas lágrimas, que já estavam à beira do controle, começaram a escorrer novamente.

Ao ver Ana chorando, Leo subitamente compreendeu que aquelas sensações aquosas que sentiu em seu sonho poderiam ser lágrimas. Será que ela estava chorando?

Ao considerar essa possibilidade, subitamente as dores pelo corpo de Leo pareceram menos intensas. Ele estendeu a mão para enxugar uma lágrima da bochecha de Ana, mas o movimento causou tanta dor que ele acabou fazendo uma careta.

Ana segurou a mão de Leo rapidamente e a reposicionou com cuidado.

- Não se mexa assim. Você não tem noção de quão graves são seus ferimentos?

Leo segurou a mão de Ana.

- Desde que você e Pedro estejam bem, mesmo que eu morra, ainda terá valido a pena.

Ao ouvir Leo falar tão sinceramente, mencionando a vida e a morte de maneira casual, Ana não conseguiu mais conter suas lágrimas, sua voz ficando entrecortada.

- Por favor, pare de falar assim. Eu não quero mais ver ninguém morrer na minha frente. Você precisa viver bem. Ninguém, não importando quem seja, merece que você sacrifique sua vida por eles.