Pai em Coma romance Capítulo 748

Ao ver Ana, Rafaela arregalou os olhos e, ao descobrir que o rosto de Ana estava intacto, ela cerrou os punhos.

E o homem sentado ao lado de Ana era mesmo Leo, mas Ana não deveria ter sido "violada" pelos homens que ela havia meticulosamente enviado naquele dia?

Ou talvez, mesmo que Ana estivesse desfigurada e maltratada, Leo realmente não se importasse?

Ao pensar que matou Paulo para se vingar de Ana e que agora estava reduzida a essa situação, enquanto essa mulher desprezível não havia sido afetada, o rosto de Rafaela se contorceu de ódio.

Rafaela apressou-se a dizer ao motorista para parar e seguiu Ana e os outros em silêncio até chegarem ao cemitério e, depois disso, ouviu tudo o que disseram.

Ao descobrir que Ana estava prestes a se reconciliar com Leo tão rapidamente, Rafaela sentiu-se muito perturbada.

Eles eram realmente demais, falando sobre começar uma nova vida e ostentando sua felicidade diante do túmulo de Paulo.

E o filho dela? Seu filho não fez nada de errado, por que ele deveria estar deitado a sete palmos, observando esse casal de "cachorro e cadela" serem felizes?

Rafaela se escondeu atrás de um túmulo, suas unhas quebradas de tanto esforço, xingando essas duas pessoas e desejando-lhes uma morte dolorosa. Ao vê-los se virararem e irem embora, ela até pensou em tirar a faca de fruta que havia roubado para se defender e morrer com eles.

Mas esse pensamento passou num instante, e Rafaela se acalmou. Se fosse apenas Ana, ela talvez tivesse alguma chance.

Mas com a altura de um metro e oitenta e cinco de Leo, e sendo ele um lutador, ela não estaria simplesmente indo para a morte?

Mas assistir Ana e Leo levando uma vida feliz e contente era pior do que a morte para ela.

Rafaela, insatisfeita, descobriu então que Ana estava grávida de gêmeos e teve uma ideia audaciosa. Ela subornou os médicos e enfermeiras, escondeu esse fato e, durante o parto de Ana, levou um dos filhos e o escondeu.

Esta criança era a que ela planejava criar e usar contra Leo e Ana, então Rafaela começou desde cedo a lavar o cérebro da criança, dizendo que ela estava sofrendo tanto por ter sido abandonada pelos pais.

Agora, o ódio da criança por Ana e Leo estava completo, mas ainda não era suficiente...

Rafaela, parada diante do túmulo de Paulo, olhou para o sorriso sereno no rosto do filho, estendeu a mão e tocou, dizendo:

- Fique tranquilo, Paulo, mamãe não deixará aqueles que te machucaram ficarem bem. Vou fazer com que provem o sabor de cair no "inferno".