Pai em Coma romance Capítulo 765

Claudia hesitou. Surpreendentemente, percebeu que não conseguia mais expulsar esse homem com a mesma determinação do início.

No entanto, depois de um momento, Claudia empurrou o contrato que estava na frente dela de voltou, dizendo:

- Leve suas coisas de volta, não quero.

Embora agora, tanto ela quanto a Ana fossem pessoas comuns, Claudia ainda mantinha sua dignidade. Não aceitaria tantas coisas e tanto dinheiro de alguém sem motivo aparente. E, de jeito nenhum, permitiria que a sua filha fosse menosprezada por causa de dinheiro.

Leo não fez nenhum movimento brusco, apenas a olhou tranquilamente e disse:

- Você também não precisa assinar este contrato. Pode guardá-lo. Assim que assinar, ele entrará em vigor imediatamente, a qualquer momento que você escolher. Considere isso como minha garantia.

Claudia não disse mais nada. Por um momento, os dois ficaram em silêncio, criando uma atmosfera um tanto desconfortável.

Enquanto isso, a Ana ficou na cozinha por um tempo. Inicialmente, ela queria dar espaço para os dois conversarem em particular. No entanto, também estava curiosa sobre o que eles iriam falar. Depois de esperar um pouco, viu que a conversa parecia ter parado lá fora, então pegou os cafés que já estavam prontos e foi até eles.

Colocou as xícaras de café na frente deles e observou a expressão da Claudia. Percebeu que Claudia não estava tão irritada quanto imaginava, o que a deixou aliviada. Então, Ana olhou para o Leo. Ele sorriu para ela, indicando que ela não precisava se preocupar. Ao ver essa expressão, a tensão no rosto da Ana diminuiu consideravelmente.

Claudia também estava observando a Ana e, ao perceber a mudança em sua expressão, suspirou profundamente no fundo do coração. Parecia que a sua filha já está envolvida com esse homem. Pensando nisso, Claudia suspirou silenciosamente. Depois de refletir por um momento, lançou um olhar para o Leo e disse:

- Sr. Leo, também estou um pouco cansada. Que tal encerrarmos por hoje? Gostaria de descansar um pouco em casa. Espero que não se importe.

Leo sabia que forçar sua permanência apenas causaria mais ressentimento, então ele se levantou por iniciativa própria e disse:

- No passado, também tive minhas dúvidas, mas... Depois do acidente da explosão, quando o vi caído em meio ao sangue, minha perspectiva mudou. Pensei que se ele tivesse ido embora naquele momento, nunca mais teria voltado. Eu me perguntei se eu me arrependeria...

Ana fez uma pausa e parecia ter lembrado de algo mais.

- Acho que sim, talvez eu me arrependesse. Já passei por algo assim antes e não quero passar por isso novamente. Afinal, se alguém morre, não importa o quanto você tente compensar, não faz sentido. Então, quero tentar. Se eu me machucar por causa disso desta vez, não vou me arrepender. Essa é a minha escolha.

Claudia observou a determinação nos olhos da Ana e, de repente, percebeu que aquela garotinha, que costumava fazer birras e chorar quando provocada, havia crescido. Talvez fosse hora de ela soltar as rédeas. Claudia abaixou o olhar e apontou para o contrato sobre a mesa.

- Isso aqui, você sabe o que é?