Pai em Coma romance Capítulo 769

O menino deitado na cama ergueu os ouvidos ao ouvir isso. Ao ver a figura pequena na cama se mexendo, o homem soltou um riso gélido. Ele havia convivido com esse menino por tanto tempo, como não entenderia?

Ele já havia percebido que o garoto estava fingindo dormir, mas isso era conveniente. Algumas coisas não soariam bem se fossem ditas diretamente.

- Desde o começo, a mãe dele deu à luz dois filhos no mesmo dia. No entanto, os adivinhos determinaram que ele seria uma estrela solitária amaldiçoada. Se ele fosse criado ao lado dos pais, traria desgraça e morte à família. Por isso, ele foi abandonado. Ao longo desses anos, eles nunca o procuraram. Agora, eles querem encontrá-lo e acham que algo bom pode surgir disso?

O homem balançou a cabeça.

- Ouvi dizer que o filho que não foi deixado para trás é considerado um prodígio. No entanto, sua saúde não é boa. Ele teve leucemia um tempo atrás, e mesmo com muito dinheiro investido em seu tratamento, não se sabe quando pode haver uma recaída. Isso exige um doador de medula óssea vivo.

- Ah? É mesmo assim. Isso é um tanto...

A enfermeira interrompeu, olhando com compaixão para a criança na cama.

Embora a criança estivesse um pouco suja e geralmente fosse quieta e mal-educada, basicamente não era amada por ninguém. Afinal, ainda era uma criança de cinco anos. Desde tenra idade, ele não recebeu o carinho dos pais, e agora foi trazido de volta apenas para ser usado como uma fonte de sangue e medula óssea. Isso era verdadeiramente triste.

- Mas não há outra alternativa. Afinal, são os pais biológicos dele. Não posso simplesmente mantê-lo contra a vontade deles. Quanto ao seu destino, se ele viver ou morrer, dependerá do destino dele.

O homem balançou a cabeça, deixou algumas notas de dinheiro e, num raro gesto de benevolência, pediu à enfermeira para ajudar o menino a tomar banho e comprar comida e roupas limpas.

- Mais tarde, vou te ajudar a tomar um banho e trocar de roupa. Além disso, o que você gostaria de comer? Posso preparar algo e trazer para você.

O menino estava prestes a recusar. Apesar de parecer um mendigo, ele odiava ser objeto de piedade. No entanto, ao ver a expressão da enfermeira, ele sentiu-se confuso, como se estivesse vendo sua mãe imaginária.

Se tivesse uma mãe comum, ela provavelmente agiria assim, perguntando o que ele queria comer e preparando para ele, certo?

Desde pequeno, ele nunca havia sentido o amor de uma mãe. Nesse momento, ele não conseguiu encontrar palavras para recusar, então apenas assentiu.

Por compaixão, a enfermeira levou o menino para comprar algumas coisas e o trouxe de volta para casa. Ela o ajudou a tomar banho e a trocar de roupa. Ao ver o menino limpo e vestido com roupas limpas, a enfermeira ficou surpresa. Afinal, ele costumava estar sujo e era difícil dizer como ele realmente era. Mas agora, ao olhar para ele, era evidente que era um garotinho muito bonito.