Pai em Coma romance Capítulo 793

Depois que as coisas foram acertadas, Leo imediatamente comprou a passagem para o primeiro voo do dia seguinte.

Após secar o cabelo, Leo colocou a toalha de volta no banheiro e se agachou diante de Tomás, dizendo:

- Obrigado, Tomás. Se você não tivesse me lembrado, talvez eu tivesse pego um resfriado.

Enquanto falava, Leo estendeu a mão e acariciou a cabeça do garoto. Tomás olhou para Leo e respondeu de forma tranquila:

- Não foi nada.

Leo sorriu e recolheu a mão. Seus dedos, com um pouco de força, acabaram puxando alguns fios de cabelo de Tomás.

Tomás não percebeu, e Leo se levantou, dizendo:

- Vou voltar ao meu quarto. Descansem bem aqui e me chamem se precisarem de alguma coisa.

Ao terminar, Leo se levantou e partiu.

Ana observou-o sair, e após um momento, voltou seu olhar para Tomás.

- Então, vou te contar uma história antes de dormir, e então iremos dormir. Precisamos acordar cedo amanhã para pegar o voo.

- Avião?

Tomás inclinou a cabeça, confuso. Para ser sincero, ele só tinha visto aviões na televisão e nos jornais, nunca havia viajado em um. Quando Ana mencionou isso, despertou sua curiosidade.

Vendo o interesse de Tomás, Ana ficou feliz em conversar mais com ele para estreitar seus laços. Rapidamente, ela pegou seu celular, procurou algumas fotos e começou a explicar a ele os cuidados necessários ao viajar de avião.

Leo voltou ao quarto e cuidadosamente colocou os fios de cabelo que tinha arrancado em um saco, selou-o e o guardou em sua mala.

Embora, pela aparência, Tomás fosse definitivamente o filho dele e de Ana, era melhor fazer um teste de paternidade para ter certeza.

- Eu sempre acordo cedo, não consigo dormir. Vou me lavar primeiro.

Tomás balançou a cabeça e caminhou indeferentemente em direção ao banheiro.

Ana observou a pequena figura dele desaparecer de sua vista, mas aquele sentimento estranho em seu coração permaneceu por um longo tempo.

Quando seus olhos encontraram os de Tomás, ela sentiu um arrepio, embora ele fosse apenas uma criança de cinco anos. Aqueles olhos, porém, eram tão frios, pareciam menos humanos, mais como os de um animal.

Depois de um momento, Ana reagiu e sacudiu a cabeça com força, batendo vigorosamente em sua própria face.

Ana sorriu amargamente. Será que ela estava confusa por causa de tudo o que aconteceu recentemente?

Era inapropriado duvidar do filho que ela havia finalmente reencontrado. Mesmo que o menino tivesse algum problema, não seria culpa dele.

Quando voltassem ao seu país, ela teria que compensar tudo o que lhe devia. O amor maternal a enchia de determinação, prometendo em seu coração fazer tudo ao seu alcance para protegê-lo e amá-lo, não importando o que o futuro reservasse.