Pai em Coma romance Capítulo 805

A vendedora, enquanto falava, avaliava Ana dos pés à cabeça. Ela trabalhava havia muito tempo nesta loja de alto padrão e tinha visto muitos clientes, o que a dotou de um olhar aguçado.

Conseguia discernir o valor da roupa do cliente, e se ele tinha ou não poder econômico para consumir os produtos de sua loja, praticamente com apenas um olhar. Ana, vestida em jeans e uma camiseta branca, não exibia qualquer bom gosto, e o anel em sua mão, que qualquer pessoa poderia identificar como um objeto barato, junto com todo o resto de sua aparência, provavelmente não seria suficiente nem para comprar um pequeno acessório na loja.

Além disso, Ana estava acompanhada de uma criança magra e pálida, que carregava consigo um monte de petiscos baratos. Parecia claramente o caso de uma pessoa pobre visitando a cidade.

- A atitude de atendimento nesta loja é sempre assim?

Ana tinha a intenção original de comprar algumas roupas para Tomás, para vestir o pequeno garoto adequadamente e mostrar que ele não era inferior a qualquer outra criança. Mas as palavras da vendedora a desanimaram imediatamente, deixando-a sem vontade de comprar. Ela se sentiu desapontada. "Por que em todo lugar que vou, encontro essas pessoas mesquinhas que me olham com desdém?"

- Quem pode pagar, naturalmente, é nosso cliente. Mas senhora, você tem certeza de que pode pagar por isso? Se não puder, não ensine ao seu filho hábitos de consumo estranhos. Há roupas infantis mais baratas ali, você pode comprar algo mais adequado e barato para ele ali. - A vendedora retrucou.

Tomás, que estava apenas parado ao lado, teve o olhar obscurecido ao ouvir essas palavras. Ele baixou a cabeça, olhando para suas próprias mãos. Embora estivesse vestindo roupas limpas, ele também se sentiu como uma criança comum, que não deveria estar vagando por um lugar como aquele.

Então, aquele cheiro de pobreza que ela tinha desde criança, mesmo um estranho poderia reconhecer de imediato?

- Vamos embora, para outro lugar. - Tomás de repente sentiu que não queria ficar mais nesse lugar, ele pegou na ponta da roupa de Ana, planejando partir.

Mas como uma pessoa com este cartão poderia se vestir assim, e ainda trazer uma criança como essa para fazer compras?

Ana também não tinha mais interesse em comprar nesta loja, porque se gastasse dinheiro, não estaria contribuindo para o desempenho de alguém tão desagradável?

Ela olhou para os outros clientes que também planejavam gastar na loja, balançou o cartão em sua mão e disse a eles:

- Esta loja é muito chique, mesmo que eu venha gastar com um cartão sem limite, não sou digna de experimentar suas roupas, então acho que vocês também não devem se humilhar, para evitar que sejam cruelmente ridicularizados por esta vendedora logo mais.