Pai em Coma romance Capítulo 880

Leo realmente se sentiu injustiçado, pensando em como explicar a situação para que Ana acreditasse que ele não tinha nenhum interesse romântico em Noemia.

No entanto, Ana também sabia que sua reação era mais um deslocamento de sua própria ira e rapidamente acenou com a mão para dispensar o assunto.

- Deixe pra lá. Não é algo tão importante. Talvez ela mesma entenda depois de um tempo. No momento, eu realmente não tenho o luxo de me preocupar com isso.

Embora Noemia demonstrasse alguma hostilidade velada, ela não tinha feito nada de errado. Ana não via motivo para afastar alguém tão competente por causa disso. Além disso, ela havia acabado de prometer uma competição justa com Raimunda. Se Noemia fosse transferida, seria como se estivesse atirando no próprio pé.

Ao ver que Ana não estava brava, Leo finalmente respirou aliviado e apressadamente ergueu o polegar.

- Você é realmente incrível. Poucas pessoas poderiam ser tão compreensivas.

Ana olhou para Leo, que estava mostrando um lado mais agradável do que o habitual, e não pôde deixar de sorrir.

- Você é tão bajulador.

Com um sorriso no canto da boca, Leo respondeu.

- Este é um elogio vindo do fundo do meu coração.

Ana soltou uma risada. A razão pela qual ela confiava tanto em Leo era que eles tinham passado por muitas coisas juntos e, naturalmente, não permitiriam que uma trivialidade criasse uma barreira entre eles.

- Ok, chega de palavras doces. Vamos voltar para casa logo. Se demorarmos mais, as crianças já terão ido dormir e não as teremos visto o dia todo.

Ao ouvir isso, Leo virou-se.

- Sim, senhora!

- O trabalho tem estado ocupado recentemente, por isso voltei tarde. Amanhã chegarei mais cedo.

Ana estendeu a mão e apertou delicadamente o rosto imaculadamente liso de Pedro, depois virou o olhar para Tomás, que estava do lado.

Tomás, mais reservado que Pedro, colocou o livro de lado ao ver Ana chegar. Embora quisesse dizer algo, não tomou a iniciativa de se aproximar. Ana, ainda segurando Pedro, foi até Tomás e acariciou sua cabeça.

- E então, vocês sentiram minha falta em casa?

Sob o toque gentil de Ana, Tomás sentiu-se um pouco constrangido, mas não recuou. Hesitou por um momento antes de assentir lentamente, seu rosto gradualmente corando. Ele se acostumou com essa vida nos dias que passou ali. A intenção inicial de resistir fortemente e tornar a vida difícil para todos parecia ter se dissipado sem que ele percebesse.

No entanto, seus sentimentos por Ana ainda eram complicados. A infecção viral daquela vez não pareceu ter consequências, mas ainda era como um espinho cravado em seu coração, cutucando-o de vez em quando. Quando Ana era excessivamente gentil com ele, ele lembrava-se daquele incidente e quase não podia evitar de querer se afastar.