Pai em Coma romance Capítulo 920

Quando Noemia falou, ela parecia uma menininha indefesa, e Leo era seu último fio de esperança. Leo acenou afirmativamente, entrelaçando seus dedos com os dela.

- Tudo bem, eu prometo.

Ana estava parada ao lado, observando a cena. Sentia como se seu coração tivesse sido abruptamente perfurado por uma agulha, uma dor aguda que se espalhava rapidamente.

Por alguma razão, ao ver Leo fazer essa promessa a Noemia, Ana sentia que o pesadelo que teve na noite anterior estava se tornando realidade, pouco a pouco.

Aproveitando que Leo havia acalmado os ânimos de Noemia, Ivan correu para chamar o médico, para que primeiramente tratassem da ferida de Noemia.

Temendo que Noemia voltasse a se agitar, o médico lhe aplicou um sedativo. À medida que o líquido transparente entrava em sua corrente sanguínea, as pálpebras de Noemia tornavam-se cada vez mais pesadas. No entanto, suas mãos agarravam-se firmemente às de Leo, sem vontade de soltar.

- Sr. Leo, não me deixe...

- Não vou.

Enquanto acalmava seus sentimentos, Leo, com a ajuda do médico, colocou Noemia de volta na cama. O médico veio para examinar a ferida de Noemia e, devido à sua agitação anterior, decidiu que era necessário refazer os pontos.

A ferida de Noemia estava situada um pouco abaixo do peito. Respeitando as convenções sociais sobre contato entre homens e mulheres, Leo desviou o olhar e se preparou para sair.

Só então notou Ana parada ao lado, como se estivesse observando havia um bom tempo. Sua expressão era indescritivelmente complexa, nem triste nem alegre.

De repente, Leo sentiu uma onda de culpa e se aproximou, pegando a mão de Ana.

- Vou deixar isso nas mãos do médico agora. Vamos encontrar uma enfermeira para tratar da sua queimadura.

Dado o caráter de Leo, ele certamente não ficaria indiferente. Além disso, ele acabava de prometer que ficaria ao lado de Noemia até que ela melhorasse. Se Noemia não melhorasse, o futuro de Leo estaria inextricavelmente ligado ao dela.

Ao pensar nessa possibilidade, um medo indescritível inundou Ana.

Assim, ela perguntou ansiosamente:

- Então, ainda há uma chance de ela se recuperar?

- É difícil dizer. Precisaremos aguardar até que ela acorde para fazer exames mais detalhados. Se pudermos identificar qual nervo está danificado, talvez ela ainda tenha uma chance de voltar a andar.

Ao ouvir que ainda havia uma fagulha de esperança, Ana suspirou aliviada.