Pai em Coma romance Capítulo 934

- Na próxima vez, vou ficar com você até acordar para evitar que, na minha ausência momentânea, você imagine coisas demais. - Leo falou, sem mostrar qualquer reação ao rosto vermelho de Ana.

Vendo que o homem estava prestes a ser presunçoso, Ana acertou-lhe um forte soco no peito.

- Menos conversa e mais ação. Cuide-se para não se aproximar de outras mulheres.

Leo estava prestes a dizer algo mais, quando a porta foi aberta de fora por Pedro.

Depois de acordar, o menino tinha tomado um pouco de café da manhã e, ao perceber que os dois adultos ainda não tinham saído do quarto, decidiu, com um certo ar de satisfação, ir acordar Ana.

Normalmente, quando ele gostava de ficar na cama, Ana sempre dizia que ele era um preguiçoso, perguntando se ele tinha vergonha de dormir até o sol brilhar no céu. Desta vez, ele poderia fazer a mesma pergunta.

No entanto, assim que entrou, ouviu Ana dizer que Leo não deveria se aproximar de outras mulheres. Pedro imediatamente elevou a voz:

- O quê? Papai, o que você fez que não pode ser visto? Eu vou te dizer, se você trair...

Assim que Pedro começou a falar, sua voz era alta e cheia de absurdos. Leo rapidamente cobriu a boca do menino.

Isso seria terrível se Claudia ouvisse. Todo o progresso que ele havia feito em sua impressão sobre ela seria desperdiçado.

- Não dê ouvidos às bobagens da sua mãe. Eu não fiz nada para traí-la, nem à nossa família. Ela é que está sendo paranóica.

Pedro revirou os olhos, lutando para se libertar, mas suas tentativas eram inúteis comparadas à força de Leo. Portanto, ele olhou para Ana, buscando ajuda.

Ana não conseguiu evitar uma risada com a comédia daquela dupla. Ela se aproximou, pedindo para Leo soltar o menino. Pedro imediatamente se jogou nos braços dela.

- Seu pai não traiu ninguém. Eu estava apenas lembrando a ele para ser cuidadoso. Não deixe sua imaginação correr solta e não saia falando bobagens para sua avó.

- Vocês vão visitá-la hoje também, certo? Levem isso.

Ana abriu e viu uma refeição deliciosa, completada por pratos delicadamente preparados. Era visivelmente mais sofisticada do que as refeições habituais em casa.

Era claro que Claudia tinha feito todo esse esforço para que Ana não desse margem a críticas ao cuidar de Noemia.

- Obrigada, mãe, por preparar tudo isso.

Claudia colocou as coisas na bolsa de Ana e deu um leve toque em sua testa.

- Deixe de agradecimentos. A pessoa ficou ferida protegendo meu genro, então é o mínimo que posso fazer. Cuide bem dela e não dê motivo para reclamações.